O dom de cada um.

Cedo aprendi que as pessoas têm dons, que precisamos descobri-los e exercitá-los.

Na minha cabeça de criança, eu pensava ser perda de tempo me esforçar para aprender coisas que nada tivessem a ver com o meu “dom”, apesar de não ter a menor idéia de qual era.

Era fascinante ler sobre pessoas felizes e realizadas por fazerem o que gostavam com prazer.

Aos 12 anos ganhei uma bolsa de estudos e fui para a Aliança Francesa.

Estávamos no primeiro semestre quando a professora me pediu para levar algo para o Sr. Diretor a quem eu deveria chamar de monsieur.

E lá fui eu repetindo monsieur pelo caminho e, me sentindo muito importante. Só que ao entrar na sala do Diretor eu esqueci como deveria chamá-lo. Gaguejei tentando me lembrar até que lasquei o primeiro “mon” que lembrei e o chamei de monsenhor.

O riso do Diretor teve efeito dominó: contagiou as secretárias, o professor que estava na diretoria, o aluno que passava, e chegou à minha sala de aula onde ninguém conseguia mais parar de rir, inclusive eu.

Foi assim que descobri que eu estava mais pra cômica que pra poliglota.

Afinal, o meu nome é Anita; cujo significado é “pequena graça”.

Anita D Cambuim
Enviado por Anita D Cambuim em 17/05/2010
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