Ato de amor

Examinava sua Colt calibre 45 com muito cuidado. Nova, funcionamento perfeito.

“Não sei onde atiro. No peito é melhor”, pensava.

Foi acometido de um leve torpor. Um perfume delicioso e não conhecido exalava de mulher estranhamente vestida, que pediu suavemente “Dê-me a arma.” Entregou a pistola sem pensar. Escutou palavras confusas, parecendo uma oração.

Desperto, viu que a arma havia sumido. O perfume não. Mas a mulher sim. Atordoado, abriu o armário e de lá retirou uma garrafa de uísque. Estava precisando ficar calmo...

Jorge Cortás Sader Filho
Enviado por Jorge Cortás Sader Filho em 19/05/2010
Código do texto: T2267709
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