AMOR PERFEITO

*Gilda Pinheiro de Campos*

Olhando esta flor que é uma das minhas preferidas

tanto por sua delicadeza como pelo nome - amor perfeito

me traz recordações...um jardim florido com elas

numa determinada rua que passei quando vivia no exterior

e parei para observa-las, lindas, delicadas de vários matizes

balançando ao vento como a me saudar sorrindo com seu colorido. Quem me acompanhava naquele momento,

uma senhora arrogante e mesqinha, censurou meu "mau gosto" por gostar de florzinha tão insignificante,

embora colorida, quando eu estava na terra de belas rosas,

orquídeas e crisantemos de primeiríssima qualidade. Com certeza o são, e também são minhas preferidas, mas nada

me impede de apreciar a delicadeza e beleza do amor perfeito

em seus variados matizes e sobretudo na sua simplicidade bela e

colorida. Fico pensando no preconceito que até se manifesta contra uma simples e bela flor que germina linda num simples jardim de uma simples casa de suburbio. Será só pela flor? Pela casa simples? E se essas mesmas flores estivessem no jardim de uma das belas mansões que em seus belos e elegantes bairros são simplesmente cinematográficas?

Seria a mesma observação dessa senhora ? Conviver com arrogancia e preconceito sempre me irritou e fez muito mal.

Ter que escutar e conviver com esse tipo de comportamento

durante muito tempo me incomodou. Graças a DEUS contornei a situação e consegui me afastar.

Mas preconceito é uma coisa ainda enraigada em certo tipo de pessoa...naquelas que fazem da aparencia seu carro chefe, nas que o ter fala mais alto do que o ser, que olham de cima p/baixo as pessoas...sinto repulsa...aí aflora em mim a

impaciencia, o pavio curto que me faz reagir na hora e nem sempre com tranquilidade...concertar o mundo já não tenho essa pretenção - já tive...acho que todos os jovens

passam por essa fase...estou mais devagar, mais pé no chão sem deixar de ser sonhadora e romantica, de acreditar que posso ser uma sementinha que vai aos poucos contribuindo para a multiplicação do bem, tentando ajudar no que for possível. Ainda acredito no amor, sem ele não vivo, e acredito

que ele me encontrou, numa esquina da vida. Quando

menos esperei, deparei-me com ele...o amor perfeito...mas

por ele tenho medo do preconceito

motivo desta crônica...