Crônicas de um Amor Sem Medos - Fogo

Duas e quinze da tarde. Ela chegara em minha casa antes do esperado, pois sua última aula havia sido cancelada. Tinha a cópia das chaves, tarde demais. Estava tudo tão bagunçado, inclusive eu. Fui tomar um banho, enquanto Ela ligava o computador para se distrair até que eu voltasse.

Voltei do banheiro num minuto, estava louco de vontade. Há mais de duas semanas não tínhamos um momento a sós, e eu não via a hora de possuir aquele corpo inteirinho só pra mim. Era um amor carnal, uma mistura de paixão, desejo, tesão... Mas ao mesmo tempo era algo transcendental: estávamos juntos já fazia alguns meses, e sempre que tínhamos um tempo livre nos encontrávamos (quase sempre em minha casa, geralmente pelo meio da semana) para saciar nossas carências.

Ainda estava de toalha quando cheguei ao quarto, e lá estava Ela no computador, provavelmente olhando alguma coisa na internet, como de costume. Fui me aproximando, como quem não quer nada, ela logo me percebeu, mas não disse nada e voltou novamente os olhos para a tela do computador. Cheguei em suas costas e me agachei até alcançar seu ombro, beijei-o sutilmente. Sussurrei-lhe algumas provocações de amor aos ouvidos, mas à primeira vista parecia não ter surtido o devido efeito. Me pus então entre ela e a tela do computador, e agachei-me novamente para beijá-la. Ela então me abraçou ao pescoço, e logo a levantei da cadeira para que pudesse sentar em meu colo. Passamos alguns poucos segundos sentados assim, o que terminou me deixando extremamente excitado: o meu membro estava rijo e pronto para lhe dar todo o prazer que merecia.

Nos dirigimos até a cama, e antes que eu pudesse pensar no que vestir, mal pude tirar a toalha e Ela me puxou para a cama, no que eu resisti. Aproveitando-se que eu ainda estava em pé de frente à Ela, começou a massagear-me o membro com a boca, o que imediatamente me causou uma sensação indescritível: seus lábios carnudos se assemelhavam a uma colméia, cujo mel morno e aconchegante envolvia o meu membro e o convidava a permanecer para sempre naquela espécie de "casulo". Estava prestes a chegar ao clímax e então pedi que parasse, para que pudéssemos desfrutar juntos daquele momento por mais tempo.

Fui até o guarda-roupa e vesti uma cueca, do tipo meio apertada, como Ela prefere. Voltei à cama e Ela já me esperava, com um ar sedutor de moleca que só ela tem. Deitamos um ao lado do outro e começamos a nos beijar, alternando carícias nos cabelos, no rosto, nas coxas. Ela me pediu que ligasse o ventilador, pois a essa altura já estavamos morrendo de calor. Me levantei e logo retornei de onde havia saído.

Após alguns minutos, já me encontrava por cima dela. Lhe despi o sutiã para que pudesse acariciar seus seios, que seios! Seus mamilos negros pareciam verdadeiros botões de flor, provavelmente exalavam um doce sabor de chocolate, que me permanecia à boca após os nossos encontros. Beijava-os de forma alternada, para que se mantessem sempre rijos, excitados pelo calor de meus lábios. Mordiscava-os vez por outra, extraindo dela suspiros que para mim soavam como uma melodia. Os seios eram macios e muito perfeitos, formavam um traçado único com as suas axilas. Dali começávamos o nosso ritual do amor, num movimento frenético, estremecedor e constante de todos os nossos músculos e articulações, lubrificadas pela amálgama do suor de dois amantes apaixonados.

Num momento mágico de transe, terminamos pousando numa espécie de paraíso momentâneo, um espaço atemporal que ignora a tudo e a todos, permitindo que a imagem dos nossos olhares fixos um ao outro se perpetue dentre os mais sagrados milagres do amor...

Algumas pessoas costumam fumar logo após o sexo, como uma espécie de mania ou coisa parecida.

Já eu, não preciso de cigarro. O que eu quero é o FOGO.