O côrno fiel

- Ah! Há! Há! Há!

- Eu? Corno fiel?

- Voces estão de sacanagem comigo, jura!

- Eu trabalho realmente que nem um côrno, esta mulher me trai e eu ainda sou côrno fiel?

- Pode parar! Pode parar com isso por que eu tenho bom senso!

- Eu vou contar a verdade desta brincadeira de mau gosto!

Assim era a vida de Paulo Eduardo, mais conhecido como Pichinga! Um cara muito legal, trabalhador e apaixonado, lógico, pela esposíssima Margarete chocolate, uma mineira de 1,87 cm de altura, toda boa, cheirava a pecado e amava o tal Pichinga até que! Conheceu Raniere boca boa!

Um paraibano baixinho, porém, com uma coisa inédita, sabia enganar e levar para cama uma mulher, principalmente casada, diga-se de passagem! Dizem que sua ferramenta fazia qualquer uma feliz e consertava qualquer defeito, seja ele qual fosse!

Pichinga achava-se o cara!

Dançava, pagava as contas, jantares, roupas, carro e muito mais, porém, na hora H! Pichinga vacilava! Sempre levava um amigo do trabalho para jantar e bebiam até altas horas, depois ia dormir! Alguns mais ousados já o conheciam como Côrno! Mas o que ninguém sabia era que: Pichinga gostava de proporcionar aventurar e ternura máscula a sua Margarete!

O cheiro e as manias de Margarete o excitavam muito! Ainda mais depois de ser usada e abusada em nome do amor!

Afinal! O que os olhos não vêem o côrno não sente...

Uma Sexta-Feira daquelas especiais, Pichinga leva o tal paraibano para jantar em sua casa com a presença da belíssima Margarete, sua esposa amadíssima.

Raniere sentiu-se até certo ponto constrangido com o convite, porém, ao imaginar aquele morenaço, todo, ali, bem a sua frente! Não titubiou! Foi à luta! Bebeu, conversou, riu mas, os olhos estavam nas belas pernas que faziam um complexo visual alucinandor com os cabelos, rosto, cheiro e um olhar de danada por uma sacanagem. Seus lábios safados e gulosos deixaram Raniere louco! Aliás, voces bem sabem como não é mesmo?

Lá pelas tantas o maridão, o Pichinga foi dormir!

Deixou Raniere com a esposa na sala vendo televisão e bebericando uma geladinha. Dava para ouvir o resonar do maridão dormindo. Raniere foi se chegando e quando viu a coisa já estava nas mãos da lindona, daí até os lábios foi um segundo. Em pouco tempo estavam pelados fazendo de tudo que se possa imaginar! Ranieres maltratava Margarete que sentia-se a mulher que nunca foi!

Foi quando o maridão, o Pichinga acordou!

Chegou na sala e deu de cara com o amigo papando sua esposa.

E que esposa!

Foi uma grande merda!

Mas, no entanto, o que realmente o maridão queria, era?

Ser enrrabado pelo amigo!

E assim foi a noite toda!

Dizem as más linguas que até imitou cachorrinha no cio, sendo...!

Mas apesar de tudo!

Ele é côrno, mas é fiel!

Nunca deixaria, deixou ou irá deixar de ser!

Eu? Côrno? Tá de sacanagem!

Eu sou feliz e fiel!

E voce?

Já foi côrno fiel?

Quem sabe tenha uma grande curiosidade sobre o assunto?

Tentar não custa nada!

Não é mesmo?

Pichinga!

O Côrno fiel!

O Bruxo

Carlos Sant' Anna

Bruxo das Letras
Enviado por Bruxo das Letras em 15/06/2010
Reeditado em 18/06/2010
Código do texto: T2321793
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