APRENDENDO A NADAR.

Lêda Torre

Colinas, Maranhão, sul do médio sertão do estado. Meados dos anos setenta....era comum, lá em minha cidade, os mais velhos dizerem que para aprender a nadar, tinha-se que engolir cru, olho de peixe. Ou no máximo cozido. De preferência, cru. Agh!! Como fomos educados e criados, por assim dizer, ali às margens do Rio perene Itapecuru, o maior do estado em extensão, também se costumava comer peixes dali só em determinadas épocas, como o mandi, uma delícia, o piau de vara, o piau de coco, a curimatã, e até piranhas.

Engraçado, era que nós acreditávamos piamente nos mais velhos, e como! E toda vez que nossa mãe comprava peixe, lá vamos nós engolir o olho deles! Entretanto, aprendemos a nadar. Claro, depois de tantas tentativas, e vários “quase afogamento”, diga-se de passagem, finalmente ficamos nadadores. UFA!! Até que enfim!!

E como não poderia deixar de ser, o mérito era do olho de peixe cru, a alegria, era de sabermos nadar, e muito bem . Fico muitas vezes, em devaneios, lembrando destas doces aventuras, e tem mais, muito mais. Vou colocar todos estes fatos nos meus livros que estou aprontando. Que saudades, daquelas estripulias!! Sou muito saudosista e romântica, vale recordar...

_________São Luis, 16/10/2009________________________

Lêda Torre
Enviado por Lêda Torre em 16/06/2010
Reeditado em 03/06/2015
Código do texto: T2322382
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