ESPÍRITO BRINCALHÃO

Tem cada coisa que acontece na vida da gente... Umas nos fazem rir e outras nos fazem chorar. Como eu não gosto de falar de coisas tristes, vamos falar das coisas engraçadas.

Já aconteceu com você de sair com a roupa do lado do avesso? Ai, Meu Deus! Que vergonha! O pior é quando a gente se encontra no meio da rua sem ter um lugar para se trocar. A gente só nota quando as pessoas olham para a gente rindo, ou então quando alguma pessoa sensata cochicha no nosso ouvido: Você vestiu a roupa às avessas. Mas como tudo tem um lado bom, diz um dito popular que quem veste roupa do lado do avesso merece prenda. Embora seja um bombinho vale.

E meia você já calçou de cores diferentes? Quando se trata de homem que usa calças compridas até que passa despercebido. Mas, por exemplo, usar um brinco de um jeito e outro do outro, não dá pra disfarçar. Um dia desses eu usei brincos de modelos diferentes e para não ficar de olé inventei que era moda. Essa até colou.

Às vezes ficamos assim de bobeira. A gente deixa cair um biscoito no chão, não encontra uma chave que está na nossa cara., vê coisa que não existe, sente uma pessoa entrar no nosso quarto sem ser verdade, bate com a cabeça no armário, torce o pé sem mais nem menos. Como podemos explicar essas situações? Uma amiga que é muito engraçada disse que é mal de Alzheimer, enquanto outra responsabilizou ser peraltice do espírito brincalhão.

Entre admitir que se trata de mal de Alzheimer e acreditar no espírito brincalhão eu fico com a segunda opção. Eu sei que “espírito” é coisa séria e nem de longe quero entrar nessa área. Mas, a verdade é que esse espírito brincalhão é do bem. É como aquele cachorrinho bebê que quer brincar com a gente. Fica no nosso pé, pulando pra lá e pra cá, fazendo gracinha. Por isso eu não me estresso mais quando perco uma coisa, esqueço de algo ou deixo algo cair sem querer. Eu entro na onda do espírito brincalhão e brinco com ele. Converso com ele. Ei, rapaz, me devolve logo minha bolsa, minha chave, estou com pressa. Ou então reclamo: Cara, porque você abriu essa janela logo na minha passagem para eu levar uma trombada? Assim, ficamos amigo e eu brigo com ele quando exagera nas suas travessuras.

Agora, atenção! Se você notar que está passando dos limites não adianta ficar brigando, nem descompondo o espírito brincalhão. Aí, meu amigo, a coisa está séria. Quem está na sua cola não é mais o espírito brincalhão e sim um cidadão de homem Alzheimer mesmo. Vá se cuidar!

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 21/06/2010
Reeditado em 29/04/2020
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