Dinheiro e poder: uma química quase perfeita

Às vezes me ponho a perguntar sobre qual seria o maior mal do mundo. Doenças, guerras, intolerância, inveja, violência, etc. E eis que sempre acabo em duas questões bilaterais, Dinheiro e poder. Todos os males acabam por parecer se tornar conseqüências dessa química quase perfeita que desfalece às vezes a razão e torna-se a peça principal do teatro vida da maioria dos mortais. Desde os primórdios o homem (boa parte dele) busca o poder e o dinheiro como fontes principais de sua felicidade, como que por si só, isso bastasse para tornar-se intocável e soberano e feliz eternamente. Citamos aqui alguns: Alexandre, o grande (apesar de pequeno no tamanho) que tinha como gana conquistar e conquistar cidades e cidades e até continente, foi extraordinário e até aclamado rei da Ásia, mas acabou sendo vítima de suas próprias conquistas. Napoleão Bonaparte, tornou-se imperador francês graças as suas grandes conquistas em batalhas. Porém, o seu sucesso o transformou em um viril ditador, que por vezes, voltava-se contra seus próprios súditos. Teve um fim trágico. Gengis khan, líder mongol que unificou tribos e depois conquistou centenas de lugares, dentre eles a grande China, lenda ou não, está na história como o homem que conquistou metade do mundo, não se importando que para isso, muito sangue fosse derramado. Nero, o imperador romano, enlouqueceu com o poder, tocou fogo em Roma, culpou, perseguiu e matou muitos cristãos por isso e ainda mandou matar sua própria mãe. Hitler, o mais sanguinário de todos, obstinado pelo poder a qualquer custo, desejava dominar o mundo. Achava que sua raça era superior as demais e entrou para história como o mais terrível dos homens, levando no seu currículo nada mais nada menos que 06 milhões de judeus assassinados, muitos desses, crianças inocentes. Suicidou-se como Nero. Enfim, poderemos ficar horas e horas mencionando nomes de pessoas que fizeram e fazem histórias, usando de todas as formas artifícios, muitas vezes ilegais e imorais para obter dinheiro e poder. Mas, quem também não conhece alguém que é capaz de vender a alma ao diabo para conseguir algo? Seja um carro, um cargo de chefe, uma bela casa? Quem não conhece alguém que destruiu uma amizade que parecia verdadeira por questão financeira e de poder? Há Pessoas que chegam ao ponto de matar seus próprios pais para se apossar de suas heranças. Há irmãos que não falam com irmão por causa de dinheiro. Na verdade o dinheiro e o poder não são maus, maus são as formas como algumas pessoas os conseguem e os usam. O poder fez e sempre fará parte da vida, afinal não poderíamos ter organização social, humana, política, religiosa, etc, se não tivéssemos líderes, não é mesmo??? Isso passando pelas tribos nômades da pré-história até a conjuntura de uma família e de um país contemporâneo. Porém, como já dizia a célebre frase: “quer conhecer uma pessoa, dê-lhe poder”. Quanto ao dinheiro, é produto de desejo da grande maioria dos humanos. É o instrumento principal que faz mover todas as vertentes econômicas nos diversos campos sociais, políticos, etc do nosso mundo. A questão é: Dinheiro Traz felicidade??? Por si só não. Mas que ajuda a trazer, isso ajuda. Ou o que dizer de algo que muitas vezes faz a diferença entre a vida e a morte. Ou seja, por exemplo: se você tem dinheiro, tem os melhores médicos, os melhores hospitais; se você não tem, é bem possível que morra a míngua nas filas dos hospitais públicos. E por aí vai! O Mal é quando se pensa que só isso é suficiente e esquece que o amor, a paz, a fé, a solidariedade, o perdão, a tolerância e principalmente DEUS fazem parte também da vida. Infelizmente, pessoas que só pensam em dinheiro e poder esquecem de uma coisa. Nós não somos eternos e tudo isso que temos virará pó um dia . Por isso, dinheiro e poder não é uma química perfeita . Pois, perfeito mesmo nesse contexto e a grande frase do físico e matemático alemão Albert Einstein “Só existe duas coisas infinitas. O universo e a estupidez humana. E eu ainda tenho dúvida sobre a primeira.”

Nelson Rodrigues de Barros
Enviado por Nelson Rodrigues de Barros em 06/09/2006
Reeditado em 06/09/2006
Código do texto: T233983
Classificação de conteúdo: seguro