MISTERIOS INESPLICAVEIS – Podem ser explicados?

Na década de 60 eu morava na Rua Eça de Queiroz em Porto Alegre. Eram duas casas geminadas e um tio morava na outra casa. Naquela época dois acontecimentos entraram para o rol destes tantos fenômenos e fazem parte da minha relação intima com eles. Certa noite minha esposa me acordou informando que batiam em baixo da casa. Com efeito, alguém estava batendo em baixo do assoalho como se estivesse pregando algo. Levantei-me e sem fazer barulho, com uma lanterna de mão saltei para baixo da escada de madeira da porta da cozinha, único acesso possível para o porão. Não havia nada. As batidas haviam cessado e não havia o menor vestígio ou marcas de pegadas ou de batidas na madeira. Pela força das batidas deveria haver afundamentos visíveis na madeira.

O fenômeno repetiu-se ainda mais duas vezes sem que se pudesse encontrar uma explicação. Da última vez, eu não saí para a rua. Limitei-me a colocar o pé sobre a área onde estavam as marteladas que eram tão fortes que eu não conseguia manter o pé firme sobre o assoalho. Então eu levantei o pé e bati com toda a força no chão gritando. “Para!” As batidas cessaram e nunca mais voltou a ocorrer embora eu permanecesse no local por mais 5 anos. Na época, meu filho mais velho tinha dois anos e seu irmão menor ainda 3 meses. Numa determinada noite o bebê chorava muito. Eu havia chegado cansado e dormia entre sobressaltos causados pelo choro da criança. Minha esposa fazia de tudo e não conseguia que ele parasse de chorar. Ela “contou-me na manhã seguinte que em determinado momento, eu sentei na cama e olhando para um determinado ponto bradei. – Sai daqui! Deixa o meu filho em paz”. Neste momento segundo ela, o bebê parou de chorar e dormiu tranquilamente. Não tenho a menor noção de ter tido tal atitude, mas não havia porque duvidar de suas palavras. Estes dois acontecimentos permanecem até hoje em minha mente sem que tenham sido devidamente esclarecidos. Centenas de pessoas desaparecem o tempo todo sem que voltem jamais a serem encontradas. Durante muito tempo se falou no mistério do Triângulo das Bermudas onde embarcações e uma esquadrilha inteira de aviões desapareceram misteriosamente sem deixar vestígios.

Li certa vez uma reportagem sobre o caso de uma fragata da marinha americana que simplesmente desapareceu do ancoradouro onde estava surgindo uma semana depois em outro ancoradouro a centenas de quilômetros dali. Mas o mistério ficou por conta do sumiço inexplicável de toda a tripulação. Não havia viva alma a bordo. O jornalista que escreveu a matéria suspeitava de uma experiência de invisibilidade desastrada. A marinha americana não se pronunciou sobre o caso.

Os fenômenos de aparição de discos voadores, abduções e até contatos com seres de outros planetas povoaram a mídia durante muito tempo. Embora exista nos Estados Unidos um departamento estatal encarregado de investigar tais fenômenos, nunca surgiu uma explicação aceitável.

Acho que pode haver uma luz no fim do túnel. Procuro manter-me informado sobre os avanços científicos que ocorrem atualmente com grande velocidade. Muitos conceitos até então tidos como imutáveis, repentinamente passam a ser substituídos por uma outra teoria. Isto ocorreu com a teoria do Big Bang onde a teoria das cordas acabou levando via mecânica quântica para outra chamada Teoria M segundo a qual, universos paralelos coexistem flutuando em finas camadas que eles chamam membranas, daí o “M” no nome. Suspeita-se que a força de gravidade vaze de outro universo para o nosso.

Entre as partículas do átomo, uma delas vem dando um nó na ciência. Trata-se do Gráviton. Uma partícula responsável pela gravidade que eles sabem que existe e sabem o que ela faz. Só que até agora, nunca foi detectada. Por mais que se parta o átomo, não sai nada lá de dentro. Cadê o Gráviton? Ninguém sabe, ninguém viu.

É hora pois de perguntar. Será que o tal Gráviton não coexiste em outra dimensão? Segundo a teoria M elas são 11.

Se a força de gravidade vaza de outro universo para cá, não é hora de perguntar. Será que existem portais entre os universos, por onde forças físicas ou mesmo a massa de um corpo pode vazar?

A recente descoberta da Antimatéria já extraída via acelerador de prótons, revela-nos mais um mistério. Extremamente instável, ( Não pode se quer tocar na matéria ) convive no entanto no mesmo espaço da própria matéria pois constitui-se em uma cópia de tudo o que existe. Tudo possui sua cópia em Antimatéria. Mas onde ela está? Se não pode coexistir ao nível da matéria estará em outra dimensão paralela? O universo possui inúmeros buracos negros. Não possuirá também inúmeros outros buracos que poderíamos chamar de portais por onde os elementos vazam de um lado para o outro? Se estes portais funcionam como ondas, hora se expandindo, hora voltando a retrair-se, poderiam em determinados momentos permitir que elementos extraterrestres possam ser vistos por algum tempo.

A física quântica, ao contrário de outros padrões matemáticos, aponta sempre para probabilidades e não para uma resposta exata. Claro que irá demandar tempo até que se consiga investigar todas as probabilidades. Há muito tempo eu suspeito de que as divindades, espíritos fantasmagóricos e demônios não passem de manifestações naturais que vazam de uma dimensão para outra. Assim o cara que estava pregando o assoalho dele que coincidiu com o meu em um desses vazamentos poderia ser explicado. O diálogo que eu teria mantido com quem ou o que estava importunando meu filho, pode ter sido uma ação de meu inconsciente alerta e em contato com a outra dimensão?

O arisco Gráviton não seria responsável por permitir que matéria e Antimatéria coexistam embora em espaços tempo paralelos ou em uma das dimensões ainda desconhecidas? Até 2011, logo ali, os cientistas terão que explicar como pessoas mortas por breves momentos demonstraram ao ser ressuscitadas ter mantido a perfeita consciência dos acontecimentos à sua volta. Muitas delas reclamando pelo fato de terem sido trazidas de volta. Por breves momentos estiveram livres do cansaço, das dores físicas e demais deficiências impostas por nosso corpo imperfeito. O projeto está sendo coordenado pela faculdade de Princeton na Inglaterra e envolve hospitais de tratamento à doentes terminais, na própria Inglaterra, Estados Unidos e Canadá. As respostas para todas estas questões não virão tão sedo. Mas talvez o futuro fale de um escritor pobre sem formação acadêmica, mas com uma incorrigível mania de pensar e que começou a especular baseado em informações científicas, comparando-as com os arautos do apocalipse e dos religiosos fanáticos que prometem o impossível. A volta de Cristo ou atribuem ao Diabo qualquer simples dor de barriga. Em um filme de ficção científica, cujo nome não lembro, Havia uma cena em que as aeronaves e pilotos da esquadrilha sumida no Triângulo das Bermudas, estavam tranquilamente estacionadas em outro planeta. Impossível? Não! Se elas vazaram para outro universo isto pode ter ocorrido. Aguardemos 2011. Talvez tenhamos a partir desta pesquisa, outra maneira de descrever o estado de morte entre seres humanos. Dia chegará em que assombrações, deuses e demônios façam parte de um passado ignorante. Assim espero, embora não vá estar vivo. Ou estarei muito vivo em uma dimensão paralela, sem as limitações do corpo que servirá apenas para reciclar a própria natureza em que vivemos.

Peço desculpas aos meus amigos da ciência caso tenha trocado algum nome ou não tenha entendido corretamente algum dos conceitos mencionados. A memória é física, portanto sujeita a falhas. Se tivesse feito uma faculdade, juro que seria cientista. Sou um apaixonado pelo nosso misterioso planeta e seus fascinantes habitantes entre os quais me incluo.

Me perdoem os que pensam que atribuir tudo a um Deus, simplesmente responde a todas as incertezas porque Deus quis assim.Sou de uma geração rebelde por natureza e me considero rebelde. Não aceito dogmas e imposições apenas porque alguém disse que é assim. Leio muito. Pesquiso muito e depois misturo tudo e fico dias pensando e questionando.

Questionar sempre! É meu lema porque só perguntando se obtêm respostas.

Lauro Winck
Enviado por Lauro Winck em 18/07/2010
Código do texto: T2385490
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