Aprendendo a ser sutilmente superior ao preconceito: Vivência 1

Feirinha de Artesanato da Pajussara-Maceió/AL

Qual a diferença que faz a idade cronológica para almas que se amam?

Estávamos acompanhados do meu filho e sua namorada, minha irmã e suas três filhas.

Ivânio parou numa barraca que vendia brinquedos artesanais e logo se engraçou, como de costume, por um brinquedo muito criativo. Era uma espécie de boneco feito de bola de sopro e um tipo de massa, com uma carinha muito esquisita. O que havia de especial no boneco? O formato do corpo era moldado de acordo com a nossa criatividade, de pato à cobra, muita coisa podia ser feita. Bem, Ivânio comprou três bonecos de cores diferentes, na hora de pagar, a vendedora, uma mulher de aproximadamente sessenta anos, perguntou:

- E a vovó, não veio?

- Que vovó? – perguntou Ivânio.

Antes que a mulher respondesse, me coloquei ao lado de Ivânio, e com um ar de quem, de certa forma, achava a pergunta natural, respondi: - A vovó sou eu. Dei um beijo no ombro de Ivânio e saímos rindo.

No caminho para casa ele perguntou: - Que pergunta foi aquela daquela mulher? De imediato respondi: - Porque vamos nos preocupar com isso? Temos tantas coisas boas para viver, isso é o que importa e nada mais. Nos beijamos e conversamos sobre outras coisas mais interessantes.