UM DIA DE DOMINGO

Domingo é um dia lindo. Dia em que as famílias se reúnem. É tempo em que os trabalhadores ficam em casa para o descanso garantido por lei. Temos que considerar algumas atividades que exigem a presença do profissional mesmo nos finais de semana. Como por exemplo, os médicos em plantões, os bombeiros, vigilantes e policiais dentre outros.

O domingo também é um dia maravilhoso para diversão. O tipo de entretenimento depende do que oferece o lugar onde estamos. Eu estou localizada nas proximidades de uma região praiana. Sou da terra do sol. Este período, mês de julho, é o nosso verão. No nordeste do Brasil só temos na verdade duas estações: inverno e verão. Inverno tempo de chuva e verão tempo de sol. Mesmo quando chove, o sol dá um jeito de mostrar sua cara. Ele vai além da sua estação. E neste sétimo mês do ano ele é mais forte, mais claro, mais vivo o que torna irresistível rejeitar o seu convite para apreciá-lo mais de perto, sentir seus raios no corpo, na pele, junto ao mar. E foi isso que fiz nesse domingo. Fui à praia.

Caminhei ora na areia fofa, atolando os pés em terra cristalina, que brilhava em determinados ângulos quando se deixava beijar pelo sol. Ora, caminhei na areia molhada. O mar vinha avançando devagarzinho. No chão desenhos de coração, nomes de pessoas, rabisco e mais rabiscos que ficarão ali até a onda chegar ao seu alcance.

Nos bares, as pessoas em traje de praia, saboreavam o delicioso caranguejo, Aquele crustáceo paradoxal. Que é feio e gostoso. O trabalhoso toque - toque dos martelos de madeira para retirar de sua casca o precioso conteúdo se justifica pelo sabor tão apreciado não só pelos nordestinos, mas pelos turistas que se arriscam experimenta-lo.

As crianças se divertiam correndo do mar para a areia. Trocavam o caranguejo pelo crepe, pelo algodão doce, pelo pirulito. Aquele pirulito que vem numa tábua quadrada cheia de buraquinhos e enrolados de forma triangular com um palitinho no meio. Detive-me olhando esta apreciada guloseima. Tal com o vick e a maisena tem uma história muita antiga.

Na praia tem de tudo, meninos soltando pipa, andando a cavalo, dirigindo Kart, adultos caminham na orla marítima, pessoas se bronzeando deitados na areia, enquanto outros ficam nos bares tomando cerveja com queijo de coalho assado em fogareiros na frente do freguês.

O mar uma maravilha. Azul, limpo, transparente. Até certo momento nos permite a ver onde pisamos. A medida que a água sobe em nosso corpo não se enxerga mais o fundo do oceano. As ondas leves, amenas, ora fraquinha, ora mais forte querem brincar com nosso corpo. Entrego – me a elas. Deixo-a , brincar com meus cabelos, pulo para livrar-me de algumas, caio quando ela vem mais forte. Vence-me o cansaço. Dirijo - me a praia. Espalho - me na areia molhada, deixando as pequenitas ondas vir ao meu encontro. Estou cara a cara o sol. Fecho os olhos diante da luminosidade. Vontade de ficar ali. Um minuto mais, mais outro minuto, mais outro. Mas é hora de voltar.

Lindo domingo!

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 25/07/2010
Reeditado em 24/04/2020
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