Campanhas eleitorais, que bom! Parte 2

Seguindo minha árdua via crucis, continuarei falando de outro folheto, se é assim que posso chamá-lo sem ofender. Se é que seja possível ofender algo tão espúrio. As palavras vão grassando por nosso sistema e contaminando nossa maneira de pensar com o objetivo concreto de nos fazer votar neles. Mas, pare e pense. O que realmente esse papel quer mostrar? Como esse candidato pensa? O que ele pretende fazer por mim?

Esse "convite para um voto a dois" (assim que vou chamá-los até que nome melhor me venha à mente) inicia-se assim: "Garotinho é o grande líder que você já conhece e o político que mais obras e realizações trouxe para Caxias."

Não. Não conheço e esperava conhecê-lo com um pouco mais com este parágrafo perdido, falando como se ele fosse alguém da familia. Não. Não é. E não, não sei o que ele fez por Caxias. Também não me interessa. Quero saber de seus planos para o futuro. Suas metas e objetivos. Que leis? Como? Quando? Porque?

O "convite" segue falando das muitas realizações que poderiam ser criticadas se eu tivesse paciência para tal. Hospital de Saracuruna, pólo Gás--Químico, Farmácia e Restaurante Popular (deste último eu muito tiro proveito). Gente! Por favor. Se é que ele fez algo mesmo, fez enquanto ocupava um cargo de governador. E o quanto se levantou contra sua pessoa? Nem conta, certo? Agora, Garotinho concorre a Deputado Federal. Não adianta falar do passado, seja bom ou ruim. Claro que ajuda anotar os feitos e desfeitos de um candidato. Mas esse é trabalho nosso, eleitor. Passar propostas é dever deles. Quem eles pensam que estão enganando? A mim? Dificilmente.

Como de praxe, dentro do mesmo "convite para um voto a dois", Garotinho para votos para Feital, advogado, jovem e empreendedor. Não duvido que seja muito bom em sua vida pessoal, mas não está apto a responder perguntas. Quando, durante as eleições passadas para vereador, o questionei do porquê de os vereadores não responderem meus e-mails, enrolou, enrolou e não me satisfez.

Nascido e criado em Duque de Caxias, segue a urdidura, construiu uma trajetória de sucesso se consagrou o 11º vereador mais votado da câmara. ...Tá, e daí? Só porque um monte de gente acredita que um cara simpático e que tem o apoio do cara que colocou o restaurante popular em Caxias quer dizer que eu tenho motivos para confiar nele meu voto? Resposta: Não.

Ele encerra (se é que ele sabe o que está escrito aqui) a sinecura escrita afirmando que Caxias entrou no século XXI com os mesmos políticos do século passado. Realmente, precisamos de renovação. Colocarei minha sobrinha de 5 anos na presidência da câmara e veremos no que dá. Talvez seja, no momento, a melhor escolha. Lamentável.

Prima
Enviado por Prima em 29/07/2010
Código do texto: T2407397
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