A IRREVOGÁVEL "LEI DE GERSON"

Há muito ouço falar sobre uma certa "Lei de Gerson". Após algum tempo sem entender a origem de tal expressão, acabei descobrindo há alguns anos que é uma criação popular decorrente de um comercial de cigarro protagonizado por Gerson, o Canhotinha de Ouro, tricampeão mundial pela nossa seleção de futebol.
Aplica a dita "norma" todo aquele que gosta de levar vantagem em tudo.
Ao ler um texto da amiga Danusalmeida, denominado "Desconheço o motivo",  fiquei tentado a escrever sobre uma experiência por que passei recentemente, a qual tem tudo a ver com a "lei" em questão. Nas próximas linhas, relato tal episódio.
Após fazer uma compra, dirigi-me ao balcão de entrega do estabelecimento e esperei pacientemente ser atendido.
No exato momento em que chega a minha vez, aparece outra cliente (não-preferencial, registre-se) e se mete no meio, furando a fila que, a rigor, não existia. Ela viu que eu já estava lá e mesmo assim tentou tal manobra.
Diante do ocorrido, falei algo como "eu cheguei antes", não obtendo a atenção devida.
Para infelicidade da mencionada senhora, o produto que comprara ainda não tinha descido do depósito, segundo informação do funcionário da loja.
Dei aquela "gargalhada interna" e pedi que o rapaz me atendesse, haja vista que minha compra já estava disponível.
Recebi o objeto adquirido e, antes de ir embora, presenciei uma cena interessante.
Um homem que chegou depois da dita senhora fez o mesmo que ela tinha feito comigo, ou seja, tentou ser atendido na frente dela.
Ela reclamou muito do camarada. E de uma forma bem mais acintosa do que eu.
Não consegui resistir e, à medida que soltava nova "gargalhada interna" - desta feita mais "sonora" ainda -,  fiquei imaginando o quanto a infame "lei" é aplicada Brasil afora.
Saí do recinto sem saber se o sujeito tinha ou não conseguido furar a fila. Uma famosa frase, contudo, ficou martelando na minha cabeça: "quem com ferro fere..."
Em tempo: meu nome, apesar do "J", é uma homenagem ao Canhota.