FAÇO O QUE EU DIGO, MAS NÃO FAÇA O QUE EU FAÇO...

As mudanças ocorrem de forma célere no mundo moderno. O fluxo das informações e acontecimentos é veloz. A cada dia a cada instante temos que renovar nossos conhecimentos, quebrar paradigmas, mudar conceitos e crenças, adaptar nossas atitudes para vivermos harmoniosamente com este novo modelo de sociedade.

A máxima que “time que está ganhando não se mexe” não vale mais para os novos tempos. O sucesso de hoje não garante o êxito de amanhã. Portanto, ficar de braços cruzados embevecidos com o hoje, não é salutar. “Quem sabe faz a hora não espera o acontecer”.

Esta lição sobre mudanças é notório no meu repertório cotidiano. Mudar, mudar, mudar. Quem não muda, quem pára corre risco de não mais acompanhar a caravana. O tempo urge. Dizer é fácil, fazer é que são elas.

Apesar do ditado “casa de ferreiro, espeto de pau”, a melhor forma de se absorver o ensinamento é aprendendo com o exemplo. De certa forma eu não paro no tempo. Também não corro para não cansar, mas caminho a longos passos para não perder o espetáculo, o show da renovação dos saberes, do homem, da sociedade, do contexto em que estamos inseridos.

Porém, tem certas coisas que a gente empanca que nem burro. A gente resiste às mudanças. Emperra. Toda mudança provoca medo. Medo do novo. Há quem diga que algo mais forte que o medo nos impede em alguns casos de aceitar inovação.

Por outro lado, outras pessoas gostam de mudar exageradamente. Muda o cabelo, o estilo de vestir, o perfume, cotidianamente. Cito como exemplo os colegas do recanto, àqueles que todo dia mudam suas fotos junto ao seu perfil. A minha é a mesma desde que comecei a escrever neste portal. Olho para foto e olho para mim no espelho, não mudei nada e resisto em trocar a foto porque acho que ela me deu sorte. Superstição. Vai que eu substitua e a inspiração não acompanhe a nova. Pelo sim, pelo não, prefiro permanecer com a mesma, pelo menos por enquanto.

Pois bem, “faço o que eu digo, mas não faço o que faço”. Aconselho todo mundo a mudar, mudar tudo, todo dia, mas, a foto do recanto eu não mudo. E posso até mudar se meus 30 amigos mais chegados do recanto fizerem um plebiscito. Se a maioria for “sim” eu prometo que mudo a foto.

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 20/08/2010
Reeditado em 23/04/2020
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