DESTA VEZ, OS ÓVNIs

Após uma avassaladora onda de aparições, fenômenos estranhos e “visagens” que se podiam rotular de paranormais, no sertão central do Ceará, desta feita é o surgimento de objetos voadores não identificados, os famosos e hipotéticos óvnis.

O fato é que o imaginário popular é muito rico e não fica no ostracismo de maneira alguma. Entra em evidência na melhor boa do mundo. E cria, e recria, e transforma tudo nos mais inimagináveis episódios, até mesmo aqueles que estão fora de quaisquer possibilidades acontecíveis.

Do lado oposto do Estado, agora, na progressista zona norte, discos voadores estariam aparecendo com insistente frequência, sobrevoando aquelas belas paragens, em diversos municípios, entre os quais os de Sobral, Santana do Acaraú, Cariré (maior intensidade); e Massapê e Ubajara (menos).

O último dos municípios citados é de uma beleza natural que impressiona a qualquer turista. Monta-se no topo da aprazível Serra Grande e a sua fascinante “gruta de Ubajara” chama a atenção dos mais desprovidos de olhar ou simpatia voltados à Natureza.

A gruta recebe visitação monitorada pelos guias e, lá, nas suas gigantescas muralhas de pedra, são vistos peixes incrustados, o que nos faz supor que aqueles altos píncaros já foram, em bastante remota antiguidade, leito do oceano. Outra atração, no vértice da serra de clima agradabilíssimo, é o “bondinho de Ubajara” (ainda existe?), à pequena semelhança do internacionalmente conhecido no Rio de Janeiro.

Em cenário assim, rico em alturas, verde nos olhos, paisagismo e encantos naturais os mais bonitos do Nordeste, ao frescor da mágica Serra Grande, é que os nossos mais recentes visitantes de outros planetas – segundo a boataria de inúmeros populares – têm vindo, aos enxames, à zona norte do Ceará.

Creiam os que, de fato, acreditam nos ufos, então façam ouvidos de mercador os céticos que aceitam que Ufologia é pura balela, o certo é que foi grande, pela imprensa toda, a conversa fiada sobre as tais aparições de óvnis.

Os relatos são de que as “bolas de fogo” apresentam as mais variadas cores. Uns depoimentos se fixam mais no vermelho, ora dizem que mais para a cor amarela, enfim, os objetos voadores furtam as cores e circulam em baixas alturas, ora em formato de um prato, ou esparramados em bolas que se deslocam com impressionante velocidade.

Não sei mesmo o que lhes diga, agora ou nunca, sobre se um dia vou acreditar em arrumações do gênero discos voadores. Ainda não os vi, também não degluti o caso. Não sei ainda que posição eu possa tomar com relação a eles.

Contudo, se os antigos latinos estão com a razão, com aquela citação proverbial – VOX POPULI, VOX DEI –, então, curvo-me às evidências e aos inumeráveis relatos de pessoas que viram a “coisa”, inclusive gente coroada de cabelos brancos, homens e senhorinhas encarquilhados, personagens cheios de rugas nas faces. E, o que é significativo, pessoas de todas as classes sociais, como, por exemplo, as ditas autoridades dos aludidos municípios.

Lá, na região das aparições esquisitas, compareceram figurões, pesquisadores da Ufologia, mas saíam com os pés nas costas, sem levar nem trazer uma palavra definitiva que nos leve a, verdadeiramente, botar alguma talagada de fé nos hipotéticos objetos voadores.

Sei não!... E se esses bichos foram máquinas da sofisticação tecnológica do imperialismo “yankee”? Sei lá!... O que todos sabemos é que eles, ianques, querem é virar donos do mundo e andam soltos, por aí, a defecar regas de bondade, religião, solidariedade e democracia.

Fort., 21/08/2010.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 21/08/2010
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