Judeus

Rumando a esmo ia a caravana

De judeus fugindo dos algozes alemães

Olhando um ao outro sentindo o drama,

De ter nascido diferente das mães;

Indo na escola eram todos iguais,

Porque agora eram diferentes?

Será que o sangue era de outra cor?

Será que as atitudes eram insolentes?

Apitando o trem entrou na estação gelada,

Desceram os prisioneiros, sem saber onde estavam,

O calor que espalhavam os fornos acesos,

Os consolavam...

Tirando as roupas originais, se livrando das jóias baratas,

Colocando vestimentas iguais largas e deselegantes,

Viram se de repente todos iguais professores, médicos, operários,

Eram judeus, eram culpados só por serem judeus...

Tomaram um simples refeição, e se dirigiram aos dormitórios,

Guardas armados os vigiavam com armas possantes de artilharia,

Ao longe uma mãe abraçada ao filho, orava ao Pai pedindo para

livrá-lo de tal destino...

Veio a noite, luzes se apagam e todos de alguma forma procuram dormir,

Amanhece e um apito estridente os tira da inércia, disparos fora os assustam...

O Exercito russo invade o campo, libera os da cremação,

Aprisionam os carrascos alemães.

A mãe abraça o filho que ainda dorme..

Hoje dono de uma grande rede de lojas.