De perto somos normais?
 
Muito antes do “politicamente correto” nunca me agradou rótulos como: crioulo, bicha, retardado, aleijado e outros termos que escutamos por ai.
Fui criada num ambiente de respeito às diferenças e percebendo o outro como um ser humano com suas potencialidades, necessidades e diferenças.
No meu caminhar cruzei com várias pessoas com necessidades especiais que muito acrescentaram a minha vida.
Procurando desmistificar o conceito de “doente mental” costumo levar meus alunos ao Centro Psiquiátrico do Rio de Janeiro.
Vejo adolescentes e jovens adultos enxugando lágrimas e alguns relacionando situações, ali observadas, com pessoas amigas ou familiares.
Quando fazemos uma avaliação da visita, escuto sempre expressões de espanto, pois não imaginavam que iriam encontrar poetas, cantores, instrumentistas e se os encontrassem na rua diriam que eram pessoas “normais”.
Sinto-me gratificada quando recebo um “muito obrigado, conheci um outro lado de pessoas por quem  nutria algum preconceito”.
Essa é uma das tarefas do educador: conduzir os olhares para outras paisagens.
 
Veja minha  postagem sobre o Grupo Harmonia Enlouquece, formado por médico, psicólogo, funcionários e usuários do sistema de saúde mental,  e a música “Sufoco da Vida”  no Canteiros.
http://canteirosre.blogspot.com/2009/03/inclusao-pela-musica_09.html
 
Oficina de Poesias, projeto do mesmo CPRJ
http://canteirosre.blogspot.com/2009/04/oficina-de-poesia.html
 
 
**Dedicado a Alice, mãe da Anny, mulher guerreira, minha amiga, mãe especial.