O AMOR, QUE COISA ESQUISITA!

Você adora aquela ordinária; é louco por ela. Chega a perder o sono.

Você liga, manda e-mails e ela não responde; simplesmente o ignora.

Você contrariando a sua própria natureza, lhe mandou flores, e ela debochou do seu gesto e as jogou no lixo.

Quando você a levou a sua casa ela afrontou a todos com a saia curtíssima e o uso abusivo de gírias. Sua família a achou fútil.

Você gosta de Roberto Carlos e ela de Latino,

Você gosta de fazenda, do campo, ela gosta de praia; porém, você tem alergia a sol, detesta areia e aglomeração.

Você gosta do Natal, do clima natalino, das festas e do ano novo; ela detesta tudo isso, contudo, é louca pelo carnaval. Adora música baiana.

Mas deixando tudo isso de lado, você sucumbe ao vê-la sorrir. Aquele jeito de menina sapeca o deixa maravilhado. Que se dane o mundo! Nada disso importa, pois, ela o faz feliz!

Você a ama pelo tom de sua voz, pela luz do seu olhar, pela maneira insinuante dela andar, pela fragilidade que ela revela quando menos se espera.

Quando a mão dela toca na sua nuca, meu Deus! Você quase vai a loucura.

Ah, o amor, esse enigma.

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem.

O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. O amor não obedece a razão, o amor é irracional, é feito de loucuras.