Conselheiro

Quem disse que o travesseiro é o melhor conselheiro, deve ter tido experiência própria para essa afirmação. E, devo confessar, que pode não ser o melhor, mas é um dos mais eficazes.

Quando colocamos a cabeça em nossos macios e perfumados travesseiros, não queremos apenas um apoio para o pescoço. Nós, inconscientemente, queremos um conselho sobre tudo que aconteceu durante o dia e, quem sabe, o que será o dia de amanhã. Isso sem falar nas coisas do amor.

Ah, o amor e suas dúvidas.

Quem tem um amor selvagem, quer domá-lo... Quem tem um amor suave, quer agitá-lo... Quem tem um amor seguro, quer novidades... Quem tem um amor rebelde, quer sossegá-lo...

E, é nessas horas, que o travesseiro entra em ação. Como domar, como agitar, como inovar, como sossegar o amor? Essas perguntas que fazemos ao nosso querido conselheiro, podem não ser respondidas, porém, merecem reflexão. E, após refletir durante algum tempo, caímos no sono.

Ao acordar, as dúvidas da noite anterior tornam-se uma só: fazer ou não o que o travesseiro mandou. Se você confia nele, faça; do contrário, deixe como está e volte a perguntar tudo outra vez na noite seguinte. E na seguinte. E, assim por diante...

Sendo assim, confie em seu travesseiro. Ele pode não ser infalível, mas é um bom conselheiro!

José Aresta
Enviado por José Aresta em 20/09/2010
Código do texto: T2509885
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.