História de Pescador

HISTÓRIA DE PESCADOR

“A fisgada da Capivara”

Pescaria no Rio Coxim

Somos uma turma de amigos que em entre outros prazeres, gostamos de uma boa pescaria.

Sempre que nos organizamos para irmos ao rio, realizamos a lista de mantimentos, combustível, iscas, anzóis e demais itens para os dias que pretendemos ficar.

Numa dessas fomos com vários companheiros, entre eles o “DUDU” o “MAURINHO”, “NICANOR, o “BARBA” entre outros “garrafeiros” há turma do “Camelo” do “Cinqüenta e um” e assim por diante.

Era um desses feriados prolongados que ocorrem em nosso calendário.

Saímos na sexta-feira por volta das treze horas e lá chegamos próximo das dezesseis.

Arrumamos o acampamento, ou seja, montamos as barracas, fogareiro, barco e motor na água. O Maurinho e o Nicanor saíram para capturar os sonhados peixes.

Eu (Barba) e o Dudu ficamos no barraco preparando o jantar, aquele trivial variado: arroz carreteiro e feijão já pré-cozido, próprio pra chegada.

Distribuído os anzóis ao longo do rio, o Maurinho e o Nicanor retornaram já no inicio da noite, após o jantar, todos cansados, se acomodaram em suas barracas para dormir.

Nosso amigo Dudu tem o hábito de ouvir rádio durante toda a noite e seu aparelho passou a noite transmitindo o noticiário da rádio..... do Rio de Janeiro.

Ao amanhecer do dia seguinte após o “tira jejum” saímos para verificar os anzóis; eu (Barba), Maurinho piloteiro e o Nicanor descemos rio abaixo como sempre fazemos.

E assim lá fomos nós, confere um anzol aqui outro acolá, troca a isca comida, renova outro sem e vamos descendo rio abaixo.

Num determinado ponto constamos que uma vara armada estrategicamente numa boca de corixo não estava no lugar deixado.

Conjecturas a parte chegamos a conclusão de que algum amigo de alheio havia levado o anzol com o peixe fisgado e continuamos a descer o rio.

Algumas curvas abaixo após conferir todos os anzóis e nada de peixe fisgado, o nosso piloteiro, Maurinho sentiu aquela vontade de ir ao mato para fazer suas necessidades fisiológicas.

Por alguma vontade do descuido retornamos aquela “praia” onde o anzol havia desaparecido.

Maurinho muito sistemático, apoitou o barco e adentra ao mato.

Logo após, grita nos chamando que havia uma capivara deitada no trieiro e apesar de velo não se mexia.

Corremos para ver o bicho. Qual não foi nossa surpresa ao constatar que aquele anzol sumido estava fisgado na pata dianteira da capivara.

Discussões à parte já que em nossa região é costume o abate para alimentação de animais daquela espécie. Chegamos à conclusão de que não deveríamos sacrificá-la e passamos a analisar de que forma poderíamos salva-la.

Chegamos por fim a conclusão de que teríamos que tirar o anzol fisgado em sua pata dianteira e passamos a discutir de que forma.

Nosso companheiro Nicanor funcionário da vigilância sanitária acostumado a arte do que é laçar animais domésticos para praticas de vacinações achou por bem tentarmos retirar o anzol de sua pata.

Após alguns minutos de conversa resolvemos pegar a corda da poita do barco para tentar laçar a capivara chinchá-la num tronco de pau e retirar o anzol de sua pata.

Mais uma vez para nossa surpresa, pois ao nos aproximarmos do bicho este não esboçou nenhuma reação de ferocidade.

Parecia até que via em nós seus salvadores, aceitou o laço ficou passiva até a retirada do anzol, que se deu como nós havíamos planejado, qual seja, após laçá-la, retiramos o anzol de sua pata dianteira e depois de tirarmos o laço de seu pescoço, ela nos olhou como que em sinal de agradecimento, correu em direção ao rio, mergulhou e desapareceu.

Ficamos muito felizes continuamos nossa pescaria e, após contar aos amigos, resolvemos tornar pública mais esta história de pescador.

Acreditem se quiserem. Na mais pura das verdades.

Osvaldo Barros o (Barba) e a companhia dos (garrafeiros).

Por,

Gilmar Antonio de Oliveira

Gilmar Antonio
Enviado por Gilmar Antonio em 29/09/2010
Código do texto: T2528042