Arremate Final    (EC)
 
Sebastiana, mãe, avó, bisavó, negra, analfabeta, discriminada...

Seu  sorriso franco traduz com lucidez sua opinião sobre as questões raciais.

Jamais se importou com as políticas sociais vigentes.

Aprendeu muito com a mãe e a avó sobre o  ofício de rendeira.

No trabalho artesanal o sustento para si e os seus.

Dos Açores  a arte com os bilros e na ponta da agulha o arremate final.

Transcrevo abaixo o hino:
Rancho de amor à ilha
de Cláudio Alvim Barbosa  (Zininho)
 
Um pedacinho de terra,
perdido no mar!...
Num pedacinho de terra,
beleza sem par...

Jamais a natureza
reuniu tanta beleza
jamais algum poeta
teve tanto para cantar

Num pedacinho de terra
belezas sem par!
Ilha da moça faceira,
da velha rendeira tradicional
Ilha da velha figueira
onde em tarde fagueira
vou ler meu jornal.

Tua lagoa formosa
ternura de rosa
poema ao luar,
cristal onde a lua vaidosa
sestrosa, dengosa
vem se espelhar...



Este texto faz parte do Exercício Criativo – Na Ponta da Agulha
Saiba mais, conheça os outros textos:
http://encantodasletras.50webs.com/napontadaagulha.htm