Tempo Imperfeito

O tempo passa depressa, seguindo os rastros de um vento frio e a sombra de uma lua de fases que brilha no oculto da noite. As horas voam ainda mais rápidas e surgem como corujas de olhos arregalados nos assustando. Se despedem como viúvas nos envelhecendo a cada segundo que se passa. E tudo muda como um grande ciclo que jamais terá fim. E mesmo que no caminho viremos poeira ou sejamos reduzidos a lembranças na memória de pessoas amigas ele ainda há de escrever rabiscos tortos que de alguma forma nos liguem a vida de alguém. E assim continuamos ativos neste grande plano. E é o que somos. Peças de um grande tabuleiro de xadrez. Cabe a nós decidirmos e nos reinventarmos a cada momento, ora piões ou reis, cada um fazendo a sua história e se tornando parte relevante na sua continua tragetória.

Na vida há diferentes tipos de pessoas. Aquelas que tem asas mas não conseguem voar, as que não tem mas voam assim mesmo, outras são marionetes sem cordas, manipuladas o tempo todo. Já algumas tem o poder de iludir e enganar aquelas que demonstram ser mais frágeis.

Nós somos bilhões, trilhões, somos um só. E em bilhões e trilhões de anos não mudamos nem mudaremos nada porque o tempo passa, a maneira como vivemos muda, o ambiente é outro completamente diferente. Mas nós, eu e você, somos os mesmos e temos os mesmos defeitos que há muito as primeiras pessoas tiveram. Pecados capitais. Aqueles mesmos que nos acompanham a vida inteira e que na maioria das vezes não sabemos que eles estão ali tão presentes em nossas atitudes.

Nos definindo ligeiramente, sinto que somos os seres racionais mais irracionais que poderiamos ser e por mais que mudemos neste intervalo de tempo que chamamos de vida, no fim seremos o que somos. Apenas seres humanos. A criação mais amada de Deus. Será?

Sidney Muniz
Enviado por Sidney Muniz em 20/10/2010
Reeditado em 30/05/2011
Código do texto: T2568885
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