Segundo noTurno

Faço parte da história do meu país, você faz. Construímos nossa terra todo o dia que encaramos um dia de trabalho. E depois de 500 anos de historia mal contada, nos últimos 189 temos tentando acertar. Sim! Quando Deodoro mandou Don Pedro II passear na França ele deu o primeiro passo, de uma longa caminhada, é verdade, mas o primeiro passo foi dado. Agora no ano de 2010 estamos diante de uma bifurcação, aparentemente sem sinais de para aonde ir, sem diferenças. Essa falta de diferença nasceu da igualdade dos ataques e dos retrospectos que se tem trazido a tona na campanha desse segundo turno tão noturno (desculpe não resisti ao trocadilho). Minha observação esta cheia de novas coisas a refletir, no horário eleitoral de vermelho vejo um exercito de personalidades artísticas que somente na época das diretas me recordo de ter visto. Eram outros tempos, outros punhos no comando. Do outro lado o time azul aterroriza qualquer menino com a historinha de que os vermelhos comem criancinhas. A vida mudou nos tempos de internet se um pouco de paciência e habilidade motora se lê e se entende sobre assuntos que nem seu melhor professor poderia lhe ensinar. Os dois lados me prendem a atenção, os dois lados me intrigam sobre seus punhos. Nessa época da internet os punhos são outros, mas não estão tão abertos ao aperto de mão que costuma dar vida a todo acordo entre duas partes. EU FUI eleitor deles, duas vezes, acreditava que se podia construir algo diferente na política brasileira. Em parte eu estava certo, eles construíram! Principalmente para eles. Li outro dia que é impossível erradicar a corrupção de um governo qualquer que seja ele, esteja onde estiver. Particularmente, não acredito nisso. Mas supondo fosse verdade estamos de volta a nossa bifurcação, e as placas nos dizem que temos dois caminhos iguais. Se por um lado a promessa azul de uma nova vida, nada tem de nova. Por outro a promessa vermelha de continuar também não trás nada de novo. É vermelha minha lembrança de um partido que se elegeu sobre as criticas ao adversário e sob a bandeira da honestidade, e por mais que se diga e prove com estatísticas, eu digo que no fim o que conta é quanto se tem e quanto se pode gastar. A população brasileira e separada somente por uma coisa, o espaço que ocupa. Ele gera tudo, depende do espaço que se ocupa quanto se ganha, quanto se paga, quanto se leva pra casa no fim do dia.Talvez a tal distribuição de renda devesse começar por ai! Nosso Brasil deu um pulo sim, mas foi questão de apenas quem estava ao volante nesse momento perceber sem economiques nem estatistiques, o que seria preciso para não perder o fio da meada. Presidente lula foi sim um marco no país, ele tem estória votei nele desde que tirei meu primeiro titulo em 94, 98, 2002 e 2006. Mas repito votei NELE, não no partido que ele carregou nas costas. Não me arrependi apenas me entristeci. Trocaram o discurso de íntegros e bons por apenas bons. Não os perdôo, nem por meio segundo. Presidente lula apenas continuou com o carro na mesma marcha e caminho de seu antecessor, talvez sua maior conquiste, derrubou o orgulhoso viés petista e endossou o que os azuis tinham feito. A bifurcação começa a me dar mais sinais de que lado ir. Recebi um ótimo email por sinal, diferente dos que nos costumam mandar. Por ser de um amigo querido li, com calma e elegância, mas não! Ele não conseguiu mudar minha opinião. Mesmo com links e mais links de estatísticas e relatórios que me enfiavam goela abaixo ser este governo uma maravilha do eldorado.

E depois de sentado diante das duas placas, a vermelha e a azul, resolvi aplicar um principio que li uma vez ser o predileto do professor Albert Einstein, diante de um determinado problema sem solução a visão deveria ser macro medida, e então com uma escala do todo em suas mãos as possibilidades aumentariam. Elevei-me ao plano da simples observação de argumentos. Os azuis quando estavam com a mão no leme, não eram sociais nem sociáveis. Eram economistas de plantão, aumentaram a riqueza dos bancos em muito e somente isso. Aquela época ninguém podia comprar um carro, ou qualquer coisa sem se endividar por infinito. A pobreza era mais pobre. Mas a classe media onde resido desde que nasci nada recebeu apenas ganhou nada. Convenhamos filosoficamente o nada é alguma coisa se não o fosse não estaríamos falando dele. Pois bem, perderam então depois de oito anos o leme. Ele foi passado então para alguém que carregava, ate então! Toda a esperança de qualquer um que trabalhou um mês em sua vida vivendo do que recebeu, todo trabalhador ou pobre desse país viu nas barbas do Sr Luiz Inácio seu suor derramado. Ele foi diplomado Presidente, e deu continuidade ao legado dos azuis na economia, isso nos fez pular. Não somente o Brasil, mas os brasileiros que não apenas de quatro em quatro anos na copa se sentiam vivos, mas vivos e donos de algo que nunca tiveram. Eram donos de sua terra. Mas ao ver com mais distancia observamos que pobres segundo eles 28 milhões saíram da pobreza e da mista condição de serem nada. Como saíram? Que dinheiro foi tirado de onde? Quem ficou sem? Ou quem pagou mais? Confesso que se estas perguntas fossem respondidas com a verdade não haveria bifurcação. A classe media quase deixou de existir, porque foi achatada entre os ricos e os pobres que se elevaram a ela. Hoje desafio qualquer economista a dizer que distribuição de renda se faz com aumento de impostos e diminuição de salários. Pois serei mais claro na conclusão, os medianos de classe pagaram mais, muito mais impostos, para se financiar a subida dos pobres da classe baixa, que segundo os vermelhos não existe mais. Alem de pagar mais impostos, a classe media deixou de receber mais. Sem aumentos, que somente apareceram na pauta no ano da eleição. Lixo, miséria, pobreza, doenças não são privilegio de ninguém, é monopólio de todos distribuído de graça pelos vermelhos que se venderam, se deram ao deleite do que os do topo da pirâmide lhes ofereceram. Daí veio Erenice, Dirceu e afins, que nada foram do que a face do corpo que se esconde atrás da manta de comida e dinheiro aos miseráveis. Dinheiro que não era deles com certeza. Fizeram o certo? nao! apenas continuaram da maneira dos Azuis. Como perdoá-los? Não sei. Sei que a conta agora é simples segundo o professor Einstein, quantos são os miseráveis ou ex-miseráveis, como queiram, e quantos são os que pagam mais e recebem menos, antiga classe media em que me incluo. Os vermelhos e os azuis só precisam somar quem tiver mais do seu lado ganha. Alea jecta Est, a sorte esta lançada bem pertinho dos pés de ambos. Que ela, a sorte! Não se vista de povo e lhes de um dia de bastilha como tão apreciadamente lhes desejariam alguns. Por falar em bastilha, vejam o que se passa na terra do Louvre e da amada Sorbonne de FHC, eles já saem novamente às ruas e nada felizes. Vermelhos e Azuis se cuidem, se os ventos de lá soprarem para cá não seremos tão franceses como se manda a boa educação européia. Seremos latinos, nada mais nada menos que BRASILEIROS.

CLT
Enviado por CLT em 20/10/2010
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