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Em época de Eleição...
Em época de eleição todo candidato é santo aos olhos amigos e demônio ao pensar dos adversários. Todos eles se desmancham em sorrisos, apertos de mão e no carregar criancinhas alheias, com uma desenvoltura raramente vista entre homens públicos. Todos tem soluções mirabolantes para acabar com a miséria, desemprego, criminalidade, preconceito e qualquer outro problema social. Nenhum deles tem acessores corruptos; sequer ouviram falar deles. Todos tem carreiras impecáveis e nunca agiram por conveniência particular, mas sempre pelo bem-estar social. Nunca fizeram alianças escusas ou receberam doações de grupos interessados em seu próprio benefício. Entram na política como um meio de exercer sua vocação samaritana apenas, abdicando de toda e qualquer benesse. Vociferam na TV denúncias irrefutáveis contra os inimigos políticos, mas calam-se e habilmente saem pela tangente ao serem chamados a explicar suas próprias falcatruas. Correm o Brasil e muitas vezes o mundo em sacrificantes viagens, desprovidas de qualquer conforto para divulgar suas idéias, a Copa do Mundo no Brasil, a ajuda humanitária e o aquecimento global. Pobres políticos, privados da labuta diária em prol de tamanho altruísmo! Perceberam infelizmente para eles que o suor do trabalho não pode ser compartilhado por todos. Que alguns devem administrar para que outros privilegiados trabalhem. Que a maioria deve ter o prazer de ajudar a nação a crescer, pagando pesados, mas justos impostos, enquanto alguns pobres escolhidos tem que exercer a difícil missão de cuidar do capital alheio. Quão afortunados somos todos nós em contar com tão abnegadas almas, a zelar por nós e pelo fruto do nosso trabalho! Oremos por elas!
Em época de Eleição...
Em época de eleição todo candidato é santo aos olhos amigos e demônio ao pensar dos adversários. Todos eles se desmancham em sorrisos, apertos de mão e no carregar criancinhas alheias, com uma desenvoltura raramente vista entre homens públicos. Todos tem soluções mirabolantes para acabar com a miséria, desemprego, criminalidade, preconceito e qualquer outro problema social. Nenhum deles tem acessores corruptos; sequer ouviram falar deles. Todos tem carreiras impecáveis e nunca agiram por conveniência particular, mas sempre pelo bem-estar social. Nunca fizeram alianças escusas ou receberam doações de grupos interessados em seu próprio benefício. Entram na política como um meio de exercer sua vocação samaritana apenas, abdicando de toda e qualquer benesse. Vociferam na TV denúncias irrefutáveis contra os inimigos políticos, mas calam-se e habilmente saem pela tangente ao serem chamados a explicar suas próprias falcatruas. Correm o Brasil e muitas vezes o mundo em sacrificantes viagens, desprovidas de qualquer conforto para divulgar suas idéias, a Copa do Mundo no Brasil, a ajuda humanitária e o aquecimento global. Pobres políticos, privados da labuta diária em prol de tamanho altruísmo! Perceberam infelizmente para eles que o suor do trabalho não pode ser compartilhado por todos. Que alguns devem administrar para que outros privilegiados trabalhem. Que a maioria deve ter o prazer de ajudar a nação a crescer, pagando pesados, mas justos impostos, enquanto alguns pobres escolhidos tem que exercer a difícil missão de cuidar do capital alheio. Quão afortunados somos todos nós em contar com tão abnegadas almas, a zelar por nós e pelo fruto do nosso trabalho! Oremos por elas!