Passos Que Seguem

Os Olhos Observadores, em...

“Passos Que Seguem”

Eram passados pouco mais as horas que antecedia à noite de um belo dia de tardes de uma estação “outono”, já aproximando o inverno, a noite estava por chegar e o dia se preparando para

adormecer, como faz desde o início de tudo. O entardecer sendo contemplado por uma fina garoa em final de tarde, a temperatura deveria estar por volta dos 2o° 25°C.

Um veiculo estacionado numa rua movimentada, um grande centro urbano. Centenas, e centenas de pessoas no seu vai e vem, tanto nos veículos como a passos, alguns pedestres com pressa, outros nem tanto. Assim misturavam-se, em meio aos barulhos dos motores, buzinas e velocidade, cada um conforme sua necessidade e afazeres Indo pra casa, ao trabalho e outros compromissos, uma cena veio chamar à atenção.

Uma jovem senhora com um bebê nos braços a passos rápidos perfaz-se frente aos olhos que a vê passando, isto normal poderia ser, porque é assim na vida cotidiana das grandes populações urbanas e no dia a dia das pessoas, se não por outro pequeno detalhe que fazia-se guiando-a, e que fora precisamente observado pelos olhos testemunhados.

Os passos que se movimentavam de claro mais rápido que os seus, permanecia numa distância aproximada de uns cinco metros, tinha-se a impressão que a jovem senhora com o bebê de pronto, não conseguia desenvolver uma velocidade que permitisse a ela o acompanhar e se mantivesse ao lado de quem a guiava.

Aos olhos observadores foi visto um rapaz com carrinho de bebê em uma das mãos, pra bem ver a esquerda, esse detinha passos ligeiros, como que ditando a pressa. Seria em decorrência das gotas de águas que caia por suas cabeças, ou algo mais? Bem notadamente a primeira vista que sim, portanto em decorrência do que lhes aguardava a diante denotaria outra situação.

Estaria aquele rapaz ajudando a jovem senhora? Um grau de parentesco? Uma amizade? Ou que sabem o progenitor! Os detalhes aos olhos observadores não ouve tempo de perguntas e obter respostas.

Um pouco mais adiante um cruzamento sem semáforo, no que requeria maior atenção dos pedestres e dos motoristas, por sorte o jovem homem passa da mesma forma que seguia em seus passos, quando por sua vez, chega à jovem mulher para atravessar, eis que chega aos ouvidos um som sonoro, uma buzina, alertando- a de um possível perigo. Daí então que ela para e observa o veículo estagnado a sua frente.

Ao longe despercebido, o jovem homem caminhando não fora aos seus ouvidos o sinal sonoro daquele alerta, e nem o porquê de tal aviso. Uma vez que nem olhara para traz, como se não se importando com aquelas duas pessoas que o seguia.

Os olhos observadores, digo; dentro do veiculo estacionado tudo via e tudo ouvia inclusive o som das gotículas de água que caiam sobre o teto do carro, a temperatura dentro do veiculo estava afável, diferente do ambiente externo, molhado.

A ele permitia ver e ouvir a correria frenética das pessoas em busca ou a procura de alguma coisa.

A imaginação dos olhos observadores em instantes começa a borbulhar, por que motivo aquela visão lhe chamou a atenção, uma vinha, outra questionava, uma tentava impor, a seguinte se desviava, mais adiante a outra disfarçava, até que em fim veio uma pra se justificar.

Deverias ser um jovem casal, justificando; o pai, a mãe a progênie, o filho.

Bem, se de fato eram um casal, por que motivos o jovem homem sendo o progenitor estavas a agir daquela forma, no interior daquele veiculo estacionado os olhos observadores, ficava tentando relacionar fatos e situações que pudessem entender ou pelo menos compreender tal ocorrido.

Por sorte o motorista atento em sua direção, viu a tempo e evitando uma tragédia grave ao emitir um sinal de alerta, foi seu instinto, agindo em decorrência da situação, em mera defesa de que quem estava de par ao seu carro. Onde estava o amor de Pai e os cuidados com sua progênie.

Nas muitas das vezes nos deparamos com alguma correlação e a elas nem prestamos atenção, até mesmo porque não cabe a qualquer ser humano julgar as ações dos outros, más as situações nos servem de alerta e exemplos é o que não faltam.

Ao se colocar no lugar dos olhos observadores, lá no interior do veiculo e vendo a aquela sena, um silêncio profundo toma parte por parte do intimo daqueles olhos observadores, ele em seu mundo de questionamentos, o som das gotículas de água por sobre o teto do carro, uma criança nos braços sem ter noção do que estava ocorrendo e o que se passava.

As gotas de água perfazendo o espaço em todas as direções, derrepente não estava molhando a pequena face inocente, pois com toda a certeza a mãe atenta o protegia como o protegeu em seu ventre por meses.

Sem culpa alguma a inocente prole sabia do perigo eminente que passara, se quer um dia possa saber dos momentos que passara principalmente esse que os olhos observadores virão e narrou.

Uma deixazinha dos olhos observadores para aqueles que cometem algo parecido e também outros que presenciam fatos interessantes, aos olhos são vistos e não estão nem ai.

Com isso à noite chega, trazendo com ela, um número maior de gotas de água, cada uma mais apressada que a outra, tanto em tamanho, como em quantidade, é um ritmo lindo e um som maravilhoso aos ouvidos, um momento grandioso, único sem explicação através das letras.

O poder do sentido dessas letras, frases e palavras esta em seu coração, somente àqueles preocupados com as causas de tantos desconfortos, e falta de entendimentos entre os jovens casais, tem como antever uma palavra de exemplo e ensinamento.

O homem com seu ímpeto dominador, sempre esteve à frente de tudo, e, se, algum dia, homem e mulher, entenderem o verdadeiro sentido das mãos, eles jamais caminharão um na frente do outro.

Foi então, que, aos olhos observadores, eles foram se distanciando cada vez mais, até o ponto em que seus corpos dispersos na distância, uma imagem recoberta por uma nuvem ofuscada a visão, aqueles anônimos se perderam de vista para sempre.

Autor,

Gilmar Antonio de Oliveira

Gilmar Antonio
Enviado por Gilmar Antonio em 28/10/2010
Código do texto: T2583919