NOSSA VIDA É COMO UM MILHO DE PIPOCA

NOSSA VIDA É COMO UM MILHO DE PIPOCA

Olhe como é interessante essa metáfora: Rubem Alves, um escritor e psicanalista de 71 anos, é quem maravilhosamente nos lembra que temos a natureza de um milho de pipoca, isto é, somos duros e emperdenidos, mas quando passamos pelo fogo das provações da vida, podemos nos transformar em flores brancas e macias.

A transformação do milho duro em pipoca branca e macia é o simbolismo da transformação que devemos passar, para que nos tornemos quem realmente somos. Porém, para que essa modificação aconteça é necessário, assim como o milho de pipoca, que passemos pelo fogo, que queima, arde e faz doer, mas que nos faz ressurgir como fênix, renascido das cinzas. O fogo é quando a vida nos lança em situações que nunca imaginamos viver. Sabe aqueles solavancos que sofremos em nossos alicerces e que nos sentimos frágeis e soltos em mar aberto, sem uma tábua de salvação? Estar como pipoca presa na panela, achando que não tem como escapar, que é o fim e vai morrer? De dentro da sua casca dura, fechada em si mesma, a pipoca não pode imaginar que pode transformar-se, que todo aquele fogo, aquele calor sufocante, seja apenas uma preparação, para que ela surja branca e macia.

Assim também, se processa conosco, o fogo do sofrimento nos sufoca, dá a sensação de que não vamos aquentar. Tudo parece cinza. Uma mão de ferro aperta nosso peito que pensamos explodir. O choro chega fácil, nos apegamos a tudo e a todos que pensamos ser uma saída daquele fogo. Contudo, esquecemos que, quanto mais nos debatemos e nos desesperamos, mais corremos o risco de queimarmos maior parte do nosso corpo ou pior, que fiquemos de tal forma queimados, que não consigamos sobreviver. Portanto, é importante que tenhamos em mente, que tudo na vida é impermanente, inclusive o sofrimento, tudo que um dia foi fruto da criação humana ou Divina, é finito, posto que acaba. A natureza nos dá esse ensinamento a todo momento, pois ela é cíclica, as estações, as plantas, os animais, tudo segue o ciclo de nascer, crescer e morrer. Nós humanos é que temos a sensação da imortalidade e passamos isso para os fatos que ocorrem conosco, tanto os bons como os maus, como se tudo não fosse passageiro. A única forma eterna é a essência do que somos, ela ultrapassa o limite da morte e se une a essência maior que é DEUS.

Desta forma, tanto física como espiritualmente, sejamos milhos de pipoca, sempre prontos a nos transformar através do fogo da vida.

Iakissodara Capibaribe.

IAKISSODARA CAPIBARIBE
Enviado por IAKISSODARA CAPIBARIBE em 07/10/2006
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