O QUE VOCÊ QUER?

Você me quer?

Você se quer?

Você se basta?

Você tem uma teoria e outra atitude?

Eu? Sempre precisei ser feliz.

Hoje? Nem sei se quero tanto, se preciso, nem andava procurando e nem ando, mas aí uma promessa e uma possibilidade.

Quem quer um amor tem que cuidar. É a tal história da plantinha, basta só aguá-la, mas se nem disso lembrarmos fazer… Ela vai murchando, ficando viradinha prá baixo e quando você se lembrar dela, se estiver viva ainda pode-se ter o tempo para recuperá-la, mas nem sempre, muitas vezes ela está mortinha mesmo.

Ficamos tristes, porque ela daria flores tão lindas que perfumariam e dariam beleza, cor à sua volta e sem ela ficará tudo mais sem vida. Pode-se comprar outra? Claro!!! Nenhuma será igual àquela, pois nada é idêntico neste planeta.

Troquemos a plantinha, nesta narrativa, por pessoas e os sentimentos que envolvem a todos nós, sentimentos esses que flutuam, nos rodeiam, que vão e vem , que nos dão, nos tiram, nos cobram, que são merecidos por quem os dão e por quem os recebem, às vezes. Sentimentos que, muitas vezes, temos em quantidade enorme no nosso estoque e nem encontramos pessoas que mereçam recebê-los, mas podemos distribuí-los largamente para quem convive conosco, no trabalho, em casa e até para os amigos virtuais, que muitas vezes são tão queridos também.

Complicado o apego.

A sintonia nem sempre a mesma. Esperamos um telefonema no dia" internacional da mulher ” (todos os dias são nossos… Mas… Já que inventaram esse…) e esse telefonema nem vem, mas ele não jura que te ama?

Estranho, não é? Nem custa pegar o telefone e discar seu número e te fazer feliz por uns minutinhos, mas para que, não é?

Devem ter tantas outras coisas mais importantes, mas para você o mais importante naquele dia era esse telefonema e aí… Seu domingo não foi mais o mesmo e esse pequeno “”não feito”” dá margem a muitas reflexões e o pior é a esfriada que dá no geral.

Com a mesma velocidade que me envolvo, me desencanto e não tenho perfil de colar pedacinhos.

Não é sem motivo: para nos fisgar, mil palavras mensagens meladas, cheias de te amo.

Não minto: mimo muito a quem amo, mas quero a recíproca, senão não. Para ter uma vida sem isso, fico com a que já tenho.

Sabe a historinha da raposa e o pequeno príncipe e do “cativar”?

É como explica a raposa para o pequeno príncipe: se ele não a cativa ele será igual a tantos outros milhões iguais a ele, mas se a cativar, será diferente. Meia hora antes do horário marcado ela já esperará ansiosa por ele e reconhecerá o barulho dos seus passos e ele será diferente de qualquer outro, seus cabelos louros serão lembrados quando ela olhar para o campo de trigo dourado como seus cabelos. Cativar alguém é uma responsabilidade muito grande. “”Se não te tornares eternamente responsável por tudo que cativas””, estarás brincando com os sentimentos das pessoas.

O que fazer? Acostumar-se com a indiferença e o ser desligado e tentar mudar e tornar-se como ele?

Que relação fria que será.

Gosto de mimar e ser mimada, gosto de mandar e-mails apaixonados e recebê-los, gosto de paparico.

Não dá para ser assim? Na minha idade não vou querer nada pela metade, nada morno, nada meia boca. Sempre fui intensa e não mudarei, não para pior, com certeza.

A fase de se conhecer uma pessoa é importantíssima, pois é como a experiência de uma empresa e um novo contratado, ambas as partes vão constatar se as partes se adéquam, se alguma das partes não estiver satisfeita, rompe-se o contrato.

Quanto mais a idade avança mais difícil achar o encaixe, já nem digo perfeito, mas adequado e então vemos a solidão como o mais provável e mais próximo.

By Claire

Claire Fernandes
Enviado por Claire Fernandes em 30/10/2010
Reeditado em 23/10/2011
Código do texto: T2587028
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