QUANDO PERDEMOS É QUE NOS DAMOS CONTA

A gente nem percebe quantos passos cada um de nós dá por dia. Você pode perguntar a qualquer pessoa quantas vezes ela se sente e se levanta dentro de 24 horas que duvido o cristão que saiba dizer pelo menos aproximadamente em números. Nossos passos, nossos gestos e atitudes no dia- a- dia são automáticos. A gente nem se dá conta que é feliz porque tem duas pernas, dois pés, dois braços e tudo mais em perfeito funcionamento.

Agora, vai que a gente quebra um pé, ou machuca mesmo o dedo midinho. Vai que você fica impossibilitado de calçar um sapato, de andar. Aí você vai perceber como era bom seu pezinho sadio. É nessa hora que você nota o quando era bom ir vir, sentar e levantar e passa a enxergar que você se locomove muito durante o dia. Eu estou de dedinho machucado. Assim, um pouco de castigo sem poder andar muito. Que coisa chata. Como era bom meu dedinho perfeito. Quando ele ficar sarado vou valorizar mais ainda ele.

O dedinho para ficar bom é apenas questão de tempo, mas tem outras coisas que você tem, pode perder e nem sequer valoriza quando tem. As amizades, o amor dos filhos parece que é muito natural na nossa vida. Coisas desse tipo quando a gente perde a dor é bem maior do que o dedinho contundido. Contrariamente do gelo que se utiliza para minimizar a luxação, o gelo em outras situações é a causa de se perder os amores de nossas vidas. O calor humano, sim, esse aproxima as pessoas enquanto o gelo, a falta de diálogo, de afeto, de carinho, afasta.

Bom, o certo é que eu estou aqui valorizando meus dez dedinhos, cinco em cada mão, perfeitos, ágeis, a dedilhar rapidamente o teclado. Obedecem à cabeça, param quando a mente ordena, bailam procurando as letras para transcrever para o papel o pensamento, ficam mais lentos quando o midinho lateja repercutindo a dor dos pés até a altura das mãos. De qualquer forma tudo tem seu lado positivo. Eu nunca perco sou sempre vencedora. Se fui vítima de uma lesão que tenho certeza ser passageira, ela teve seu lado positivo. Serviu para uma reflexão sobre a vida. Saúde meu irmão, valorize se você as tem.

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 17/11/2010
Reeditado em 21/04/2020
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