A ÚLTIMA DO MEU CACHORRO

“Ruffe! Volte aqui!”, eu assobiava forte, enquanto aquela coisa peluda do meu Cocker españo desfilava livremente pela vizinhança. Enquanto eu assoviava mais forte, mais ele corria...

Lá se foram 09 anos que conhecemos nosso cachorro de estimação. Tempo que esta semana paramos para rir das aventuras e desventuras dele; “Pai de 04 filhotes após cruzar com a ‘Nicóle’, foi um período distante de casa que mais marcou. Isto pelo reencontro que tivemos com ele. Estava tão no bem bom que não queria voltar pra casa.

Outro dia quando conversávamos eu e uns amigos, e o meu cão mais cão do mundo passeando um pouco por perto, pois vivia na coleira ou trancado no quintal; Ele deu a volta por nós, levantou a perna e fez xixi nas minhas costas. Olhei, para ele com raiva, junto com meus amigos ‘tirando o maior sarro’ de mim. Enquanto ele continuou cheirando tudo, como se tivesse acabado de delimitar o território.

Sempre que saia, ele chorava, latia e ficava muito triste. Diante da primeira oportunidade ele saia atrás da gente querendo acompanhar por todo trajeto.

Mas ontem nós que o conduzimos... Tivemos que enterrá-lo. Ele morreu após uns dias doente, e olhando para gente querendo se despedir, balançou apenas as orelhas peludas e não respirou mais. O enterramos com tristeza, mas voltamos com alegria recordando as façanhas de Ruffe.

O que é um animal de estimação para gente? Um móvel que você joga fora quando não quer mais? Um parente encarnado ou uma pessoa importante do passado? Ou um cachorro representa a criação de Deus para cuidarmos e manifestarmos nossa misericórdia e carinho?

O Ruffe significou um momento nas nossas vidas que exigiu aprendizado. Fomos criados para recriar! Recriar um lugar melhor no mundo onde “o justo tem consideração pela vida dos seus animais, mas as afeições dos ímpios são cruéis” (Livro de Provérbios Hebraicos).

Beto Lisboa
Enviado por Beto Lisboa em 20/11/2010
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