Deu branco!

Isso é realmente incrível. Os assuntos e idéias saíram correndo e fugiram da minha cabeça nos últimos tempos. Eu precisava de alguma influência, sei lá, qualquer coisa. Ela veio de um jeito estranho, mas veio... Finalmente um assunto!

Durante a uma tarde qualquer, de um dia qualquer, em uma hora qualquer, eu peguei um livro didático e comecei a dar uma olhada em suas páginas, como quem não quer nada. Não é que eu achei alguns comentários sobre crônicas e tudo o mais? Não perdi tempo, e comecei a ler. Lá estava ele, o tão glorioso, estimulante e óbvio assunto: o branco. Claro, como não pensei nisso? Não tendo nenhuma idéia, posso escrever justamente sobre essa falta de idéias!

E lá vou eu, firme e forte escrever sobre isso. Já deve ter acontecido algo parecido com você (ou até mesmo um conhecido, parente, cônjugue, amante...): você buscando loucamente algo que sabia na ponta da língua, mas de um modo inesperado, mágico e não sei mais o que, o algo some. Quantas vezes você não ficou com uma cara de cachorro deprimido em dia de chuva por ter passado por este constrangimento? É, eu sei.... Várias. Eu também sofro do mal do “branco”. Infelizmente.

As verdadeiras idéias só chegam em horas inconvenientes. Há alguns dias atrás, eu estava deitado em minha gloriosa cama, cansado, com frio, com sono e com fome (tentem imaginar...), depois de um dia daqueles, e uma idéia passou voando por mim. Tinha que anotá-la, mas... Como? Teria que me levantar, correndo o risco de pegar um resfriado ou desmaiar no meio do quarto, para procurar uma caneta e um mísero pedaço de papel. Amanhã eu anoto – pensei, virando para o canto e resmungando comigo mesmo o tão inesperado assunto. Eu acordo no dia seguinte e... Nada de assunto. Eu sabia. É sempre assim. Mas não tem problema, vou continuar vivendo a vida. Com ou sem idéias.