Homens não são máquinas. Homens choram, amam

A Velocidade da informação pelo mundo é a característica atual da globalização. O desemprego é um drama nacional dos países mais pobres, que perdem com o atraso tecnológico a desvalorização das matérias-primas que exportam

A globalização não beneficia a todos de maneira uniforme.

Uns ganham muito, outros ganham menos, outros perdem.

Ela se beneficia do modismo, do consumo “seletivo’ de bens descartáveis, impõe valores culturais, morais, e o pior de todo drama - o desemprego.

O que estamos assistindo hoje de camarote é a destruição do ser humano.

O vírus destruidor, propagando-se por todo o planeta em um laboratório chamado Egoísmo.

A cada dia homens e mulheres são destituídos de seus empregos tratados como um inútil - levando-os ao desespero.

A família sem sustentação e sem condições de suprir suas necessidades básicas descobrem o mundo de humilhação e desesperança.

"Deus deu aos homens a inteligência para compreenderem e se guiarem nas coisas terrenas e celestes".

É preciso usar essa inteligência. Homens não são robôs.

Homens não são máquinas. Homens choram, amam! Não precisa ser um gênio para ser humano.

Pressão e Competitividade do mercado de trabalho, a constante falta de tempo não permite momentos de lazer. Quando - o aspecto mais importante do dia-dia não é de colecionar conquistas, vencer competições ou derrotar quem compete conosco, mas a qualidade de vida.

O ser humano possui a tendência inata de se acomodar. “deixar as coisas como estão!”

Abundância do Universo depende de uma roda que gira em torno de dois verbos de ação:

- Dar – Receber.

O modo como as pessoas se comportam em relação as duas ações determina em grande parte aquilo que elas são.

Soberbas são aquelas que doam, mas não sabem receber.

Egoístas - Recebem mas não sabem compartilhar.

As estéreis – Inférteis – Improdutivas - não gostam nem de dar – muito menos de receber.

As pessoas bem sucedidas lidam harmoniosamente com o dar e receber.

Na vida, é preciso arriscar, vencer o medo, ousar!

É preciso confiar que o Universo está trabalhando a seu favor!

A maioria das pessoas tem medos e preocupações que a impedem de ousar, de arriscar dar um passo que possa fazer toda a diferença no resultado final.

São pessoas que ficam sempre no “quase”, “por um fio”, “faltou coragem”.

Autoconfiança e intuição são as forças que fazem com que as barreiras do medo sejam rompidas, impulsionando-nos para frente, sempre!

Paulo Freire incentiva o ser humano a tornar-se o revolucionário como também acreditar na própria capacidade do acertar e daí - Pisar fundo na luta pelos seus ideais!

"Uma das questões centrais com que temos de lidar é a promoção de posturas rebeldes em posturas revolucionárias que nos engajam no processo radical de transformação do mundo. A rebeldia é o ponto de partida indispensável, é deflagração da justa ira, mas não é suficiente. A rebeldia enquanto denúncia precisa se alongar até uma posição mais radical e crítica, a revolucionária, fundamentalmente anunciadora. A mudança do mundo implica a dialetização entre a denúncia da situação desumanizante e o anúncio de sua superação; no fundo, o nosso sonho”.

(Paulo Freire)

“Felizes são os que confiam no senhor São como árvores plantadas às margens de um rio, cujas raízes alcançam águas profundas. Tais árvores não são afetadas pelo calor nem se preocupam com longos meses de seca. Suas folhas permanecem verdes e produzem fruto delicioso." ( Jeremias 17:7-8)

Todos nós carregamos dentro de nós mesmos uma semente.

A semente de nossas qualidades – nossas aptidões, criatividade é dela que germinará belos frutos.

Tempo De Descansar “Ao que ele lhes disse: Vinde vós, à parte, para um lugar deserto, e descansai um pouco. Porque eram muitos os que vinham e iam, e não tinham tempo nem para comer” (Marcos 6:31).

Somos passageiros na eternidade, mas a verdade é que somos eternos dentro do temporário. Ou seja, somos o eterno no movimento da vida que segue. É a vida em movimento.

Somos viajantes eternos em suas trilhas.

Na natureza, tudo passa!

O traço característico da existência é a impermanência.

As coisas mudam...

Pessoas e situações vão e vêm em nossas vidas, entram e saem na esfera de ação do nosso viver.

A vida é assim!

Rápida! Temos uma missão a cumprir.

Por isso mesmo é necessário organizar os nossos dias! Vencer os obstáculos, e seguir em frente. Jamais entregar nossa vida, nosso tempo a outras pessoas. Saber para onde vamos e parar na hora exata.

A personalidade nos diferencia de todos os demais, comanda e disciplina toda atividade.

Não devemos polarizar nossas vidas nas emoções e nem em nossa mente. As energias devem ser distribuídas de forma equilibrada e para isso devemos nos comprometer com um trabalho profundo de autoconhecimento e mudança. Sem esse comprometimento, nada será conquistado.

Devemos nos integrar, fazer a síntese de todos os elementos pessoais que trazemos dentro de nós.

Somente dessa forma poderemos deixar para trás todo caos e confusão que trazemos em nossas almas.

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Ecos do Silêncio

Textos Zen

Párar, Acalmar-se, Descansar e Curar-se

Thich Nhat Hanh

Existe uma história zen sobre um homem e um cavalo.

O cavalo está galopando rapidamente, e parece que o homem que cavalga se dirige a algum lugar importante. Outro homem, em pé ao lado da estrada, grita: "Onde você está indo?" e o homem a cavalo responde: "Não sei. Pergunte ao cavalo!"

Esta é a nossa história. Estamos todos sobre um cavalo, não sabemos aonde vamos e não conseguimos parar. O cavalo é a força de nossos hábitos que nos puxa, e somos impotentes diante dela. Estamos sempre correndo, e isso já se tornou um hábito. Estamos acostumados a lutar o tempo todo, até mesmo durante o sono. Estamos em guerra com nós mesmos, e é fácil declarar guerra aos outros também.

Precisamos aprender a arte de fazer cessar — parar nosso pensamento, a força de nossos hábitos, nossa desatenção, bem como as emoções intensas que nos regem.

Quando uma emoção nos assola, ela se assemelha a uma tempestade, que leva consigo a nossa paz. Nós ligamos a TV e depois a desligamos, pegamos um livro e depois o deixamos de lado. O que podemos fazer para interromper este estado de agitação?

Como podemos fazer cessar o medo, o desespero, a raiva e os desejos? É simples. Podemos fazer isso através da prática da respiração consciente, do caminhar consciente, do sorriso consciente e da contemplação profunda — para sermos capazes de compreender.

Quando prestamos atenção e entramos em contato com o momento presente, os frutos que colhemos são a compreensão, a aceitação, o amor e o desejo de aliviar o sofrimento e fazer brotar a alegria. Mas a força do hábito costuma ser mais forte do que nossa vontade. Dizemos e fazemos coisas que não queremos e depois nos arrependemos. Causamos sofrimento a nós mesmos e aos outros, e de forma geral produzimos grande quantidade de destruição. Podemos ter a firme intenção de nunca mais fazer isso, mas sempre acabamos fazendo de novo. Por quê? Porque a força do hábito (vashana) acaba vencendo e nos levando de roldão.

Precisamos da energia da atenção plena para perceber quando o hábito nos arrasta, e fazer cessar esse comportamento destrutivo. Com atenção plena, temos a capacidade de reconhecer a força do hábito a cada vez que ela se manifesta. "Alô força do hábito, sei que você está aí!" Nessa altura, se conseguirmos simplesmente sorrir, o hábito perderá grande parte de sua força. A atenção plena é a energia que nos permite reconhecer a força do hábito e impedi-la de nos dominar.

Por outro lado, o esquecimento ou negligência é o oposto.

Tomamos uma xícara de chá sem sequer perceber o que estamos fazendo. Sentamo-nos com a pessoa que amamos, mas não percebemos que a pessoa está ali. Andamos sem realmente estar andando. Estamos sempre em outro lugar, pensando no passado ou no futuro. O cavalo dos nossos hábitos nos conduz, e somos prisioneiros dele. Precisamos deter este cavalo e resgatar nossa liberdade. Precisamos irradiar a luz da atenção plena em tudo o que fizermos, para que a escuridão do esquecimento desapareça.

A primeira função da meditação — shamatha — é fazer parar.

A segunda função da shamatha é acalmar. Quando sofremos uma emoção forte, sabemos que talvez seja perigoso agir sob sua influência, mas não temos força nem clareza suficientes para nos abstermos. Precisamos aprender a arte de respirar, de inspirar e expirar, parando tudo o que estamos fazendo e acalmando nossas emoções.

Precisamos aprender a nos tornar mais estáveis e firmes, como se fôssemos um carvalho, e não nos deixar arrastar pela tempestade de um lado para outro.

Buddha ensinou uma variedade de técnicas para nos ajudar a acalmar corpo e mente, e considerar a situação presente em toda a sua profundidade. Essas técnicas podem ser resumidas em cinco estágios:

1. Reconhecimento: se estamos zangados, dizemos "reconheço que a raiva está dentro de mim".

2. Aceitação: quando estamos zangados, não negamos a raiva. Aceitamos aquilo que está presente em

3. Acolher: abraçamos a raiva como faz uma mãe com o filho que chora. Nossa atenção plena acolhe a emoção, e só isso já é capaz de acalmar a raiva e a nós mesmos.

4. Olhar em profundidade: quando nos acalmamos o suficiente, conseguimos observar profundamente para entender o que provocou a raiva, ou seja, o que está fazendo o bebê chorar.

5. Insight: o fruto do olhar profundo é a compreensão das causas e condições, tanto primárias quanto secundárias, que provocaram a raiva e fizeram nosso bebê chorar. Talvez ele esteja com fome. Talvez o alfinete da fralda o esteja machucando. Talvez nossa raiva tenha surgido quando um amigo nos falou em um tom ofensivo, mas de repente nos lembramos de que essa pessoa não está bem hoje porque seu pai está muito doente. Continuamos a refletir dessa forma até compreendermos a causa de nosso atual sofrimento. A compreensão nos dirá o que fazer ou não fazer para mudar a situação.

Depois de nos acalmarmos, a terceira função da shamatha é o repouso. Suponha que alguém nas margens de um rio joga uma pedra para o ar e a pedra cai no rio. A pedra afunda lentamente e chega ao fundo do rio sem esforço algum. Depois que a pedra chega ao fundo do rio, ela descansa, deixando que a água passe por ela.

Quando sentamos para meditar podemos nos permitir repousar da mesma forma que essa pedra. Podemos nos deixar afundar naturalmente, na posição sentada — repousando, sem fazer esforço. Temos que aprender a arte de repousar, permitindo que nosso corpo e nossa mente descansem. Se tivermos feridas em nosso corpo e em nossa mente precisamos repousar para que elas possam por si só se curar.

O ato de se acalmar produz o repouso, e o descanso é um pré-requisito para a cura. Quando os animais selvagens estão feridos, eles procuram um lugar escondido para deitar, e descansam completamente por muitos dias. Não pensam em comida nem em mais nada. Apenas descansam, e com isso obtêm a cura de que precisam. Quando nós seres humanos ficamos doentes, nos preocupamos o tempo todo. Procuramos médicos e remédios, mas não paramos. Mesmo quando vamos para a praia ou para as montanhas com a intenção de descansar, não chegamos realmente a repousar, e voltamos mais cansados do que partimos. Temos que aprender a repousar.

A posição deitada não é a única posição de descanso que existe. Podemos descansar muito bem durante meditações sentados - ou caminhando. A meditação não deve ser um trabalho árduo. Simplesmente permita que seu corpo e sua mente descansem como o animal no mato. Não lute. Não há necessidade de fazer nada nem realizar nada. Eu estou escrevendo um livro, mas não estou lutando. Estou descansando. Por favor, leiam este livro de uma forma alegre e relaxante.

Buddha disse:

"Meu Dharma é a prática do não-fazer."

Pratiquem de uma forma que não seja cansativa, mas que seja capaz de proporcionar descanso ao corpo, às emoções e à consciência. Nosso corpo e mente sabem curar a si mesmos se lhes dermos uma oportunidade para isso.

Parar, acalmar-se e descansar são pré-requisitos para a cura. Se não conseguirmos parar, nosso ritmo de destruição simplesmente vai prosseguir. O mundo precisa imensamente de cura.

Os indivíduos, comunidades e países estão cada vez mais necessitados de cura.

Marília
Enviado por Marília em 10/12/2010
Reeditado em 25/10/2013
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