EXPEDITINHO DE QUINHA

Certa noite cheguei em casa, suado e ofegante como era comum, após as brincadeiras de rua e dei de cara com minha mãe já preocupada pelo fato de eu e meu irmão até aquela hora ainda não ter chegado em casa.

- Cadê o seu irmão, perguntou minha mãe.

- Ele está brincando na casa de fulano de tal, respondi.

- Vou buscá-lo, já falei pra vocês que isso não é hora de menino está na rua, resmungou ela.

Ao chegar no local que havia indicado, encontrou vários meninos brincando em uma algazarra danada. O local não tinha boa iluminação e minha mãe mirou o olhar em um dos meninos que ela entendeu ser o meu irmão, pegou-o pela orelha, arrastando-o pelo caminho de casa.

- Vamos pra casa Jorge, já lhe falei que isso não é hora de menino está na casa dos outros. Vociferou, brava.

No que o pobre menino já com a orelha vermelha gritava:

- Eu não sou Jorge não D. Maria, eu sou Expeditinho de Quinha!

Obs: A vítima dessa história é o hoje poeta e recantista dito.

Chico Alves dMaria
Enviado por Chico Alves dMaria em 05/01/2011
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