TEMPO

O que fazer diante desta ansiedade que nos assombra interiormente e mal sabemos no que dará? Ficamos a ermo... Indecisos, confundidos, perdidos...

Perdemos o tempo, contando com o tempo e acreditando que o tempo nos dará condições de seguirmos avante sem nenhum contratempo.

A carruagem segue enigmática diante dos desígnios da vida, quem deterá o tempo que nos resta diante da imensidão da vida e da obscura cortina que nos amedronta?

Nuvens dissipam nossos olhos, a frigidez da pele tenra, o olhar incompreensivo frente ao desconhecido e da negritude celestial que mais uma vez vem cumprir o seu papel diante desta nefasta humanidade.

O tempo por si retorna com o romper da aurora, e o orvalho por sua vez, nos encharca com as gotículas deixadas para que nossas almas não pereçam de sede.

A carruagem retorna imperiosa, precisamos prosseguir em buscas dos nossos alentos, sem nos dar conta que o tempo inexoravelmente não nos dará tempo de esperarmos por ele.

Só nos resta, dar tempo ao tempo para que ele encontre um tempo e dentro deste tempo consigamos nos eximir de qualquer desalento.

Maria Bernadete
Enviado por Maria Bernadete em 22/01/2011
Código do texto: T2745039
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