O BICHO DO MATO!?...

De: S.S. Potêncio, << O BICHO DO MATO!...>>

Durante uma entrevista recente, o Escritor Luis Fernando Veríssimo, nos descrevia algo que sentimos toda a vez que começamos um novo texto na forma de crônica, onde... na maioria das vezes, o autor se concentra num determinado tema, que pode ser uma simples piada de salão (tem adeptos de todo o tipo de salão, ou sejam; sala grande, sala pequena, sala de baile, sala de visitas, o “saloon” do velho Oeste...e até mesmo uma sala de simples e singelas libélulas a´ beira do limbo e extremamente afastadas da virtude ingénua e solteira, jamais manchada pelo calor do contacto corporal antónimo da sua feminilidade)... ou pode se transformar num terrível tema de discussão inacabável por falta de bom senso, de autentica personalidade criativa, de mente sabedora de tudo e todos... um verdadeiro ninho de marimbondos, onde quem não sabe cutucar deve ficar de longe!

No niilismo de um Franz Kafka encontramos muitas raízes para esta explicação porém... nós!, meros mortais...escribas avulso, das veredas deste caminhar “luz & tano” além portas do "Recto Ângulo" Ibérico, preferimos o linguajar popular... a conversa coloquial, que... no Brasil, o termo coloquial aqui é azedo... é motivo de azedume, de desconforto intelectual, ... pode até se tornar motivo de briga de "foi-se & martelo" sem ser comunista, ou coisa que o valha, mas... dizíamos nós que, temos preferência pelo estilo cronista por vários motivos; um deles é que não há obrigação alguma de obedecer a regras, nem a preconceitos!...muito menos a preceitos de qualquer natureza.

Solta-se a imaginação!,... e a escrita flui!... flui ao ritmo do pensamento, e apenas exterioriza o que vai na alma do seu criador. É absolutamente diferente da escrita em forma de verso onde o poema, na maioria das vezes obedece à rima, ao ritmo do sentimento, ao ardor da sensação de perda ou ganho, ao resquício de lembrança que nos fica... muito tempo depois de passarmos a barreira do nada que é o vazio da Alma de quem já não existe.

Porém isto não significa que, vez por outra, o sentimento lírico nos invade e nele também extravasamos parte da nossa idiossincrasia natural...

Na crônica, tal como no "jogo do bicho" tão popular para o Povão Brasileiro, porém execrado para alguns puritanos da sociedade Lusófona, vale o que está escrito!...

- Começa-se a escrever um determinado parágrafo e termina-se com um conto, uma pequena história, uma simples reportagem de factos acontecidos ou vivenciados sem compromisso com a ficção nem com o episódio estanque, isolado, irrevogável do acontecido tal e qual como imaginado... até mesmo num poema extemporâneo!

Numa linguagem moderna, a crônica é como “Red Bull” (publicidade à parte...) ela te dá asas!!! ...

(*) Silvino Potêncio – Emigrante Transmontano + O Home de Caravelas – Mirandela – Portugal é autor do Livro de Poemas “Eu, O Pensamento, e a Rima”...

Viveu em Angola nos anos de 1965 a 1975.

http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_europa.asp?ID=5033

Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 30/01/2011
Código do texto: T2761280
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