Um Dia muito Boçal!

Um Dia Muito Boçal !

Eu mantenho em meu cérebro como que um calendário dos meus dias e sempre os avalio perto do sonho.

Hoje , vivi um dia de maneira boçal , isto é , comi muito , bebi vinho ,e fui dormir imaginando tristemente porque eu construí meu dia assim.Podia o ter feito feito de maneira diferente , se não estivesse estressada.

Um fato me salvou, ou me deixou sem tanta culpa , uma crônica que produzi nem sei como , pois estava com uma mão em um pedação de pizza mafiosa e a outra pronta a pegar um copo de vinho.Mas , entre todos estes problemas pude digitar e escrever uns rabiscos.

Quando li não acreditei! Como aquela mulher que comia pedações de pizza e corrigia um arremedo de crônica,tinha um copo de vinho à frente, do qual engolia grandes goles, pôde escrever? E sobre o que escreveu?

A escrita , impregnado que estava meu vocabulário , continha muitas vezes três palavras, ou seja , Calabresa, Mafiosa e Quatro Queijos , os sabores das pizzas.

Tenho mais uma pergunta para quem me quiser ler: - Depois destas considerações todas sobre os quitutes italianos que degustei ,qual o melhor?

Eu não pude detectar pois um sabor seguia o outro rapidamente, me fartando,me engordando e eu não parava.

Mas os aspectos intelectuais não importam neste momento , o que é relevante , foi como pude viver intensamente este dia pois, além da comida , bebida , e apetite abundante, o que me preocupava eram minhas emoções em torno a um morador da casa que me apavorou...

Um rato! Não é nenhum bichinho de estimação é um rato mesmo!Passeava e se escondia nos cantos mais obscuros , e eu de vassoura na mão tentava o matar,mas ele sempre levava a melhor,fugia! Então tudo ficou bestial...dia... comida...bebida mais meus sentimentos de horror pelo novo habitante do quarto.

Eu? Eu que deveria ter pensamentos voltados para o lado intelectual, me encontrava arrasada pela pizza , o vinho e o rato!

E tendo idéias de desvalorização pessoais , pois não conseguia exterminar com sua vida e , alucinando já , eu vi o rato metido dentro do meu armário. É! Eu vi o rato me gozando, apontando com as patinhas para a minha barriga que crescia grande e gorda com a lauta refeição. Depois ele apontou , olhou para minha cabeça , que no momento só continha pavor e entrevi , já na fantasia , um sorriso de vitória.Foi assim que toda minha fúria se fez ver, criei coragem e me levantei,presa da revolta , e pensei...

Levantei, presa da indignação:- Como eu que pretendia ser uma futura escrivinhadora , que se preocupava com questões mundiais , estava hoje fixada em um simples rato? A ponto de me tirar a inspiração!

Tomei providencias , veneno não tinha em casa , eram altas horas da noite.Empurrei o bem para dentro da gaveta , e:-Pá!Matei o!Com um só golpe!

Saiu do esconderijo , primeiro meio estonteado com a pancada da vassoura,depois se foi...

E o suplício que passei para o botar na lata de lixo!Enrolei o em um pano e , pelo rabo , o atirei fora!

Amanhã , vou comprar veneno e espalhar por toda a casa,onde nunca houve um habitante assim.

E tão cedo não vou comer pizza ou tomar vinho em meio às minhas palavra garatujadas,para não lembrar o incidente,o dia...

Quanto á crônica foi improdutiva , joguei a na lata de lixo , como um presente no túmulo para o rato!

Dia boçal,Não?

Mas amanhã será outro cotidiano, e ainda sobraram no meu cérebro , algumas palavras e idéias de minha também finada crônica!

Suzana da Cunha Heemann
Enviado por Suzana da Cunha Heemann em 31/01/2011
Reeditado em 31/01/2011
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