INCULTURA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Fico muito bem impressionada sempre que bons críticos usam uma  forma clara e precisa nas suas análises, nomeadamente em relação às que fazem a figuras políticas cujo comportamento se revela nefasto aos interesses dos cidadãos, como as que se referem a interesses defendidos por essas mesmas figuras e cuja concretização só é possível porque o obscurantismo continua comodamente instalado em alguns cidadãos. Este meu texto foi elaborado com base num meu comentário a um magnífico texto que li num blog, sobre este assunto, tendo como base a minha visão crítica das consequências que podem advir dos "bons dircursos" de certos políticos.  Não insiro aqui o referido texto porque teria de pedir autorização para tal, ao autor do blog e não vejo que seja necessário, preferindo desviar-me da sua origem, para divagar sobre o problema "incultura e suas consequências".

Adequados programas para desenvolvimento cultural da população portuguesa, deveriam estar na base das medidas urgentes a serem tomadas pelo governo, as quais, a terem sido tomadas, não me parece estarem a surtir efeito. Quando menciono desenvolvimento cultural, refiro-me a medidas revolucionárias a tomar a partir da base, tendo em consideração a boa formação duma nova geração.

O sucesso dos "vendedores de pomada Santa Gibóia" só é possível devido ao elevado número de ignorantes os quais, seja porque teem uma precária formação académica, seja porque não teem motivação para lerem, não estão à altura de compreenderem a maior parte das coisas que são ditas ou escritas.  Por esta mesma razão, os seus discursos são elaborados com vista a conseguirem os seus objetivos e, portanto, como fabricantes de promessas, que são, manipulam a população duma forma que mexe com qualquer cidadão mais lúcido e melhor informado, o que é, lamentávelmente, impressionante.

A agravar a referida situação, está o facto da incultura levar a "cegas" tomadas de posição por aqueles a quem chamo "professores", os quais sabem tudo e não deixam que os outros saibam seja o que fôr. Frequentemente, essas posições transformam-se em graves conflitos, os quais agravam a solução de problemas que muitas vezes poderiam ser resolvidos de forma democrática, mas a referida incultura não consegue assimilar como sendo a correta forma de ouvirmos e sermos ouvidos. Assim, impor-se-ia, com urgência, que os nossos políticos fossem "pessoas de bem" e que mudassem de tática  na sua atuação, começando, não só por usar de transparência real (sim, porque há a transparência alienatória, muito perigosa) mas, também, por decidirem optar por transformar as suas promessas em realidades expostas com uma verdade convincente e com a maior simplicidade e correção. Porque é frequente ouvir-se "eles falam muito mas não dizem nada", acredito que só seria possível eles fazerem-se entender, se  começassem por defender e aplicar, interesses que  visassem o melhoramento do estado sócio-cultural em que vive a maioria dos portugueses. Se não fôr esse o caso ..., jamais conseguiremos que, mesmo os bons políticos, se façam entender!!!
Maria Letra
Enviado por Maria Letra em 16/02/2011
Reeditado em 16/02/2011
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