Misturando alhos com bugalhos

Há algum tempo, um grupo de pessoas comentava algo sobre certos fatos ocorridos com pessoa ligada à determinada religião. O fato em si, nada tinha a ver com a religião que ela professava, mas referia-se ao seu comportamento moral, em sua vida privada.

Uma pessoa de minhas relações fez comentários estridentes sobre o fato, como se a pessoa citada no caso, fosse a própria religião.

Laranjas podres existem em qualquer laranjal. O que não presta é o homem, não a religião que professa, o partido político que segue, ou outros exemplos que caibam.

Esse tipo de julgamento é comum. Uma família pode ser execrada, porque um elemento dela cometeu algum ato ilícito, uma entidade pode ser destruída por julgarem-na pelas pessoas que dela participam.

Daí vem a necessidade de vigiarmos constantemente nossas atitudes. Termos a mesma face, diante de todos, em todos os lugares. Não sermos hipócritas, santos diante de alguns, satânicos diante de outros. Se cairmos da laranjeira, que seja por termos passado do ponto, maduros demais, não por sermos podres. Isso cabe tanto a quem enfatizou o fato, ligando a pessoa à religião, como à pessoa que estrilou, tomando o todo, por um. (01/11/06)