Correntes republicanas na independência do Brasil

Por: David Kooperfield

A tendência republicana era defendida por setores sociais atrelados a correntes políticas divergentes. Havia os evolucionistas: liderados por Quintino Bocaiúva que acreditava numa transição sem conflitos, sem modificações na estrutura econômica e social, sem a participação popular, bem a gosto das elites nacionais de preferência na caladinha da noite, como fizeram os congressitas no final do ano palamentar aumentaram seus "saláriozinhos".

Os militares dividiam-se em positivistas e não adeptos de Comte, mas defensores de um regime autoritário. ('Os militares" ainda hoje não reformularam a propria instituição arcaica de privilégios).

Havia também os revolucionários chefiados por Silva Jardim que acreditava no movimento armado de inspiração jacobina para derrubar o império. (esse é daqueles que acredita na existência do bloco comunista russo até hoje).

E por fim os moderados cafeicultores do oeste paulista e parte de Minas Gerais, que já se valiam de mão de obra imigrante em suas plantações de café, por terem uma mentalidade empresarial. (os de sempre)

Estes setores viam na república a possibilidade de maior autonomia para as províncias e de receber maior apoio desta para os negócios mais modernos não assistidos pela coroa atrelada as oligarquias rurais.

Como sempre as elites revoltosas procuraram um meio de isolar os mais radicais e foi o que fizeram em 1889 quando Quintino Bocaiúva reuni no mesmo bloco de intresses os militares, fazendeiros republicanos e os evolucionistas excluindo Silva Jardim.

GABINETE OURO PRETO

Numa tentativa desesperada de salvar a república em junho de 1889 foi montado o gabinete de cunho liberal presidido por Affonso Celso de Assis Figueiredo (Visconde de Ouro Preto) com um pacote de medidas políticas e econômicas norteado pelo programa liberal e republicano, incluindo maior autonomia para as províncias.

O parlamento estava decidido e não engoliu a estratégia de salvação do império.

Em 15 de novembro de 1889 os republicanos deram carta branca ao Marechal Deodoro da Fonseca para aplicar o golpe à monarquia. No mesmo dia Deodoro e suas tropas rumam ao Quartel General do Exercito em Campo de Santana onde se reunia o gabinete Ouro Preto. Agora imaginem a cena, o marechal em toda a sua pompa adentra a sala onde se encontrava o ministério e exige a renuncia de todo o governo e entrega a notificação a D. Pedro que exigia a sua retirada com a famlia real do país em 24h. que situação constrangedora par o império.

Terminada a derrocada do império, Aristides Lobo, ministro de Deodoro falou: - o povo assistiu bestializado à proclamação da república.

Hoje já estamos tão acostumados a passividade, que já nem temos a capacidade de nos bestializarmos frente aos mandos e desmandos de nossa republiqueta.

David Bandian
Enviado por David Bandian em 24/02/2011
Reeditado em 28/02/2011
Código do texto: T2811989
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