Falar, com quem?

Espera louca, angústia no ar, inquietação começa incomodar. Intransigência cheia de maledicência, pura esnobação, trazendo um peso cheio de cobrança nada de abastança, somente ganância.

Caminhar é preciso, pois não pode parar haja o que houver, Venha de onde vier não quero ouvir, siga em frente, traçamos o teu caminho... Faça somente o que foi dito.

Sei de antemão o teu queixar, o sistema funciona muito bem para nós, portanto calas a tua voz. Ignoramos, ignoro mordaças trancafiadas, lorotas, treta, gabolice, chega aqui à voz é a nossa... Mudo te aceitamos tens que continuar se queres te guardar das tramóias lá de cima... Se aceitas seja bem vindo, se não aceitas continue falando consigo mesmo baixas a cabeça e caminhes para dentro de si.

Voz embargada, nó na garganta, explosão a palpitar... Pressentimentos permeiam, vontade dilacera, imaginação fantasiosa, utopia a rondar. Meu Deus!!! Tenho que me controlar imagina aonde iríamos parar, tudo proveniente de um absurdo. Falaste, só falaste, planejaste, enfadaste, burlaste, traçastes teus planos simplesmente ignorastes... Sabe a impressão que temos é que estamos diante de robôs, falas, falas, só falas, ignora, ignoramos, ignorante.

descobriram algo tremendo... Que tem sido um bálsamo para muitos; falar sozinho, consigo próprio, não corre risco de ser abafado, contrariado. Afinal com quem falar? Sem incomodar, desejos de expressão, anseios de falar, pois desse jeito não dar. Alguém tem de escutar,vontade somente de dizer. Vivemos uma falsa democracia onde poucos têm direito a falar... tudo é manipulado.

Antonio Filho
Enviado por Antonio Filho em 07/03/2011
Reeditado em 07/03/2011
Código do texto: T2834156
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