O que escrevemos?

O que escrevemos? Eu escrevo, geralmente, o que estou sentin-

do no momento. Também escrevo o que escuto, o que vejo, o que

leio. Escutar uma música pode me dar inspiração, às vezes uma fra-

se dita, vira uma poesia ou um texto. Observo as pessoas e escrevo

sobre o que elas pensam, como agem, como se comovem, como se

colocam com seus problemas e alegrias. Escrevendo a gente diminui

os sentimentos que afloram dentro de nós, até mesmo uma saudade

que está querendo sair pelos olhos, fica escrita ali, sem precisar der-

ramar lágrimas. Se o que eu escrevo, as pessoas venham a gostar de

ler ou não, daí já é outra coisa, se gostarem de ler, me sentirei lison-

jeada. Escrevo o que sinto, como se fosse um diário em forma de poe-

mas e textos.

Claro que temos que ter coragem de escrever o que pensamos,

porque muitas vezes estamos falando de nós mesmos, às vezes de

outras pessoas ou situações. Temos que ter segurança na hora

que recebemos críticas ou elogios. Escrevemos sobre alegrias, tris -

tezas, amor, amizade, paixão, esperança, saúde, saudade, rancor,

ternura, religião, o dia-a-dia, morte, nascimento, escrevemos o que

nos dá vontade de relatar no papel e ali ficará escrito. A maioria das

pessoas conseguem se expressar falando e nós nos expressamos

através da escita, claro que às vezes não é fácil deixar tudo que

pensamos escrito, temos que ter muita valentia. Tem pessoas que

falam, falam, acabam falando e agindo de outra maneira. As palavras

ficam soltas ao vento.

Escrevemos porque temos paciência para analizar, esperar,com-

preender, entender, concluir, porque temos todos os sentimentos

aflorados dentro de nós, e principalmente porque temos coragem de

escrever o que queremos e pensamos, embora as pessoas nem

queiram ler, mas para nós faz muita diferença, expressamos o que

sentimos e queríamos falar no papel. É por isso que nós escrevemos.

Como dizia Clarice Lispector: " Eu escrevo como se fosse para salvar

a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida. Viver é uma

espécie de loucura que a morte faz. Estou escrevendo porque não

sei o que fazer de mim."

marcia jack
Enviado por marcia jack em 15/03/2011
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