(COM)SENSO!

 
"Hay que endurecerse,
           pero sin perder la ternura jamás."

                      (Che Guevara)



 

Não quero ignorar a realidade dos fatos que me cercam. Não posso permitir que a falta de sensibilidade e de visão, impeça-me de agir com clareza e nem que a cegueira me turve o bom senso, a ponto de não prever as conseqüências nefastas de atitudes impensadas, tão comuns a todos nós. Por isso eu penso... Penso muito! Penso tanto que, quando decido dar uma resposta, em determinadas situações pelas quais tenho que passar (para não provocar transtornos e mal entendidos desnecessários), na maioria das vezes, eu me calo. O silêncio fala por mim.

 

O ato de silenciar é nobre e muito difícil; fácil mesmo é responder, imediata e solenemente, aos nossos opostos. E, engana-se, quem pensa que calar-se significa dar a outra face. Não é verdade! Recolher-se à cumplicidade do silêncio, em dose e hora certas, é o bálsamo que nos cura as mágoas; é a mão firme que nos conduz ao retiro da espiritualidade maior para que possamos meditar com zelo e sabedoria sobre nossas atitudes. Refletirmos sobre nossos erros e, com eles, crescermos, buscando métodos reais para o aperfeiçoamento do nosso padrão de comportamento.

 

Perfeição? Ela inexiste na esfera da existência. Mas podemos chegar a meio termo, com ternura e bom senso, contornando os obstáculos, quebrando as barreiras que restringem o nosso crescimento, enquanto seres humanos. Ignorar o óbvio só nos levará a um ponto de nulidade tal, que talvez não consigamos mais recuperar nosso raciocínio, de forma  lúcida e com senso de justiça. Devemos ser, antes de tudo, justos com nós mesmos!