Contra o futuro
 
“O futuro não é previsível, portanto é necessário se preparar contra ele tendo reservas financeiras.” Nassim Taleb
 
Eu deveria saber quem é Nassim Taleb, mas me esqueci. Li essa frase em um artigo de Stephen Kanitz, mas também já me esqueci exatamente sobre o que era o assunto. Mas a frase, anotei em meu bloco de anotações virtuais e, na falta de melhor assunto, resolvi descobrir o que realmente penso sobre ela.
A minha teoria básica é de que não devemos nos preocupar com o futuro porque ele não existe. Quando passa a existir já deixou de ser futuro para ser presente fugaz. No entanto muitas vezes o presente fugaz custa a passar. Isso acontece geralmente quando no passado nos esquecemos totalmente do futuro e não o preparamos. Assim é que somos obrigados a viver situações que no mínimo poderíamos chamar de situações de risco. Isso acontece quando não cuidamos devidamente de nossa saúde, que aqui vai muito além do simples aspecto de doença física. Podemos aplicá-lo também a doença mental e emocional. Mas também a saúde financeira. Suponho que o artigo original se refira especialmente a isso, já que o Senhor Kanitz é um administrador por profissão.
Que o futuro não é previsível todo mundo sabe, embora eu também acredite na força da lei de causa e efeito, ação e reação. Aposto que, mesmo sabendo da possibilidade de terremotos e tsunamis, ninguém no Japão previu o que iria lhes acontecer. No entanto ali está claramente aplicada a lei de causa e efeito, ação e reação. Se os japoneses realmente se preparassem contra isso o Japão nem existiria. Existem situações que fogem ao controle. Acontecimentos semelhantes se refletem em relação às chuvas no Brasil e em outras partes do mundo. No entanto todos aqueles que possuíam as suas reservas financeiras puderam resolver melhor os seus problemas do presente. 
 
Dinheiro não é tudo na vida. Dinheiro não acaba com os problemas, na verdade cria muitos problemas. Mas também, se usado de maneira adequada, pode tornar a vida melhor, em muitos sentidos. É só para isso que ele realmente serve. Para garantir que certas situações não aconteçam. Aprendi tão logo ganhei o meu primeiro salário que não se pode gastar tudo o que se ganha. Nem comprar tudo o que se quer. E embora pertença ao lado gastador da família nunca como toda a comida que está no prato: sempre deixo um restinho para comer depois. Mesmo que mais tarde eu não sinta fome, sempre haverá alguém precisando comer.  E é melhor ter para dar do que precisar de pedir.