BALÃO GIGANTE

Makinley Menino (1996)

O ônibus caminha para o São Cristóvão...

Em pé, sozinho a pensar... Meio a gigantes...

Pós almoço ainda com fome, materializando o lanche da creche

Meia banana, pão com manteiga, café com leite, escracho e porrada para dormir...

Ficava horas a imaginar a ida e volta, a minha trilha no centro da cidade

Ver meu sonhado e impossível balão gigante foram cinco primaveras para

Descobrir algo tão desejado e impressionante...

Triste realidade, a pé, sozinho, longe de casa... Querer, querer e não ter...

Notório é perceber o menino dentro de nós querendo seu insignificante presente...

Meu balão estava por todas as ruas: Caetés, São Paulo, Afonso Pena, Tamoios etc...

Grandes nomes, enormes edifícios...

Miséria, insulto e desespero sentia ao ver a ceguinha tocar seu violão...

Vergonha, seu porta níqueis, sua marmita estava sem uma única moeda...

Os olhos meus assemelham-se a um mar que transborda

Expressiva quantidade de água... Não tive o balão...

Mas consegui superar a cidade dos insensatos por cima da roda dos gigantes...

MakinleyMenino
Enviado por MakinleyMenino em 27/03/2011
Reeditado em 12/06/2011
Código do texto: T2873399
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