domingueira

Foi num domingo pela manhã. Coloquei um solo de violão, deitei na poltrona e fiquei esperando ela chegar. O sol fazia o pedaço de céu azul, acima do telhado de canoas. Ela prometeu que viria. As notas das músicas passavam como um relógio doce; uma atrás da outra, fazendo uma trilha no nada. Eu virei um instrumento imóvel. Timbres, quebradas, viradas, modulações, perpassavam meu corpo sóbrio.

O que fazer num domingo de sol, sozinho? Se ela não vem não quero mais ser. Saco! E ela não tem celular. Todos na internet não são ela. Chorinho, e eu sóbrio. Quase meio dia e ainda sou. A tela azul da tv também esperando o filme. Clima agradável para o sol que lá fora deve dar sede.

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