O melhor presente

Eram como incansáveis guerreiros medievais. Os dois, sempre incríveis, intrínsecos e gigantes! Lutando sempre com garras de hipogrifos determinados, com a sensória concentração dos ninjas e, com a disciplina incalculável de um discípulo oriundo das alturas do Tibet. Ou apenas vestidos  da  indumentária  mais leve e  ajustada: a fé! Era tudo tanto, tão sem medida, mas absolutamente coerente. A arena era só deles, uma espécie de planetário divino, onde a esperança de vencer era muito mais competente, do que qualquer dor de uma possível derrota imediatista. E lá iam eles, mais uma vez, heróis de si mesmos, por convicção da ordem humana, com a distinta sensação de que poderiam sair com um troféu inexorável e prerrogativo. Heróis que por toda a memória da vida, exibiriam a misericórdia de um golpe certeiro. O golpe da sorte, triunfantemente exercido pelo poder da persistência e pela conduta de uma luta muito justa, afinal, o prêmio era muito pertinente. Naquela arena, todas as lágrimas e suores eram provedores de um enérgico sentimento de perseguição, com a certeza evidente, de que os dois sairiam vencedores. E saíram! A bravura dos dois resultou na glória daquela energia, quem duvidaria disso, muito antes, desde sempre? Naquele dia, a arena estaria ainda mais florida, afinal, o perfume sempre esteve nas mãos daqueles guerreiros amorosos e confiantes. Floristas por vocação e sobrevivência, finalmente tiveram o resultado. Os dois eram vitoriosos! Se abraçaram silenciosamente, num pacto  imaculado... Como se combinassem em pensamento: “ Se for menina, será a nossa Rosa..."
Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 31/03/2011
Código do texto: T2882182
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