Minhas verdades

Pensando no Dia da Mentira, pensei também nas minhas verdades.Não existem minhas verdades. Existem pensamentos nos quais acredito. Verdades são indiscutíveis, inquestionáveis, pois são verdades. Existem por si sós. Porém, vivemos em uma dimensão prismática, num momento histórico confuso e desafiador, onde nossa visão se mostra constantemente turva, condição contrária à verdade. Mas, mesmo assim, podemos acreditar e não acreditar em algumas coisas.

Acredito no conhecimento, na Ciência e na razão, mas acredito também que tudo isso pode se transformar em crueldade, quando as emoções e a intuição são ignoradas sistematicamente.

Política? Corrompe, corrói a alma, porque delega poderes que a maioria não consegue administrar.

Religião é uma mistura de superstição, controle e manipulação. Prefiro a espiritualidade e a religiosidade, inerentes em cada um de nós, queiramos ou não, que sempre nos levam à verdade e que são livres, como nosso livre-arbítrio, contudo, nos chamam à responsabilidade conosco e com os que nos rodeiam.

Mentira, sempre algo pernicioso, mesmo que proferido como salvo-conduto.

Verdade anunciada, veiculada, apregoada é pura massificação, basta observarmos a vergonhosa contradição dos fatos noticiados.

Acredito no que posso ver, sentir, experienciar, ou que eu possa reconhecer durante as minhas reflexões, atestado pela minha alma, pelos meus momentos de transcendência, pela minha intuição.

Nesse recém-passado Dia da Mentira, esse estranho ser caminha num momento histórico tão diferente do seu momento. Antagônica e paradoxal existência, como a existência de todo e qualquer ser.