Por Quem os Sinos Dobram


“Nenhum homem é uma ilha isolada; cada homem é uma partícula do continente, uma parte da terra; se um torrão é arrastado para o mar, a Europa fica diminuída, como se fosse um promontório, como se fosse a casa dos teus amigos ou a tua própria; a morte de qualquer homem diminui-me, porque sou parte do gênero humano. E por isso não perguntes por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.
                                                                                                               John Donne
                                                                                            
                   Certamente que o massacre ocorrido nesta quinta-feira em uma escola do bairro de Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, em que um homem (suposto ex-aluno dessa escola) matou pelo menos 12 pessoas deixou a todos nós perplexos, revoltados com uma tragédia desse quilate.
              Casos dessa natureza já ocorreram pelo mundo inteiro. Lembro da escola de Beslan, Rússia, atacada por terroristas chechenos, da universidade da Virgínia, do colégio de Dumblane no Reino Unido, de Columbine EUA, entre outros.
              Que os especuladores, os abutres de plantão respeitem a dor das famílias, respeitem o sentimento de medo e tristeza de cada criança e de cada trabalhador /a daquela escola e não façam avaliações baseadas em achismos, em conexões estapafúrdias.
            Que as famílias dessas crianças, nesse momento de extremo desespero, encontrem conforto no carinho, na solidariedade e nas preces de todos os brasileiros e brasileiras.     
           Aos que ficam o cuidado e assistência necessária para recompor as vidas, a confiança em retornar a escola assim que possível.
          Os sinos também dobram por nós que nos desumanizamos, que banalizamos a barbárie.
         Os sinos dobram por todas as vítimas de violência, nesse país.


Por Quem os Sinos Dobram (em inglês: For Whom the Bell Tolls) é um romance de 1940 do escritor americano Ernest Hemingway.


O livro narra a história de Robert Jordan, um jovem norte-americano das Brigadas Internacionais. Professor de Espanhol que se tornou conhecedor do uso de explosivos, Jordan recebe a missão de explodir uma ponte por ocasião de um ataque simultâneo à cidade de Segóvia.
Hemingway usa como referência sua experiência pessoal como participante voluntário da Guerra Civil Espanhola ao lado dos republicanos e faz uma análise ácida, com críticas à atuação extremamente violenta das tropas de ambos os lados: a direita auxiliadas pelo governo fascista italiano e nazista alemão e a esquerda pelas brigadas internacionais e União Soviética. Critica também a burocratização e o panorama de privilégios rapidamente instaurado no lado da República.
Acima de tudo o livro trata, no entanto, da condição humana. O título é referência a um poema, e invoca o absurdo da guerra, mormente a guerra civil, travada entre irmãos. "Quando morre um homem, morremos todos, pois somos parte da humanidade".Em várias passagens do texto os personagens estranham e se estranham desempenhando os papéis bizarros que se viram forçados a assumir durante a guerra, e fraquejam ao ver nos inimigos seres humanos que poderiam estar de qualquer dos lados da guerra.
Em 1943 um filme homônimo foi feito, tendo nos papéis principais os astros da época, Gary Cooper e Ingrid Bergman, com uma cena famosa na qual o casal usa um mesmo saco de dormir. http://pt.wikipedia.org/wiki/ Por Quem os Sinos Dobram