Agradeço

Aqui para agradecer. Não sei bem à quem e nem à quê. Mas, agradecer.

Talvez pela possibilidade em desabar de mim todas as dores no papel. E de me refazer em cada parágrafo.

De contar minhas histórias e renascer tantas vezes no compasso incerto das letras miúdas e estrondosas.

Agradecer por poder compartilhar o barulho. Agradecer à quem lê, à quem sente, à quem compartilha, à quem inspira...

E, de ponto a ponto, me rego como planta nascendo e renascendo, cada vez mais forte, menos sensata e muito menos santa.

O dom da escrita me doa uma humanidade tamanha e me permite, pelo menos por aqui, ser o que desejo sem mais ou menos horas.

Agradecer... Não sei bem à quem e nem sei bem à quê. Mas agradecer por mim, por você.

Por toda a loucura contida no papel.

Por toda história enterrada entre os pontos.

Por todo parto e partida em palavras.

Pela vida.

Pela arte.

Por toda dor rasgada em versos.

Por todo amor declarado inverso.

Pelos sonhos,

Pelos encontros...

Reencontro,

Desencontros...

Por mim...

Por você.

Agradeço.