ESTUPIDEZ HUMANA, ENSINAR O QUE NÃO SE SABE..

Estupidez humana...ensinar o que não se sabe.

Não me calam interiormente vontades de perseguir gloríolas. Seria desdizer tudo em termos de vivência. Viver é ser útil, servir ao próximo, seja em atividades remuneradas ou por diletantismo. Perseguir fama entregue aos objetivos pessoais, em escalada desprovida de conscientização interior, é infantilizar-se mais que a infância.

Heitor Herculano, amigo internauta desse site, com atilada percepção, escreveu: “Mas ousar se vincular a um blog coletivo..com a intenção de dar publicidade aos seus próprios livros em prosa é perda de tempo e ALIMENTAÇÃO DE UMA VÃ ESPERANÇA”. Caixa alta minha.

Acresço, a ousadia de pretender, em acanhado espaço de qualidade, embora gigantesco, ser conhecido como “escritor”, é rematada tolice, e de baixa estatura, ensinar o que não se sabe.....

Kant, o maior filósofo moderno, que mudou a órbita do pensamento, nunca saiu de sua pequena Kronesburg, não procurou fama, simplesmente ela o guindou a maior posição nos tempos, de quem conseguiu pensar Deus e a Liberdade de forma nunca abordada. Não correu atrás de nada. Não precisava. O valor expõe quem tem valor, e não há como fugir da publicidade, mesmo que queira.

Vejo no site pessoas incorporarem o que se chama de vã-glória, vangloriar-se, e alardearem acessos, milhão, escrevendo textos, até intitulados jurídicos que são aberração em termos de ciência. É a febre da egolatria.

Thomas Robert Malthus, um monge inglês e economista, cuja obra “Ensaio sobre a População”, marcou época, afirmava que enquanto a população cresce geometricamente a produção de alimentos crescia a taxas aritméticas. Por isso concluia que os pobres “estavam excluídos do banquete da natureza”. O Malthusianismo até hoje, pela sua radicalidade, desperta polêmicas. Na época Marx acusou Malthus de produzir um “libelo contra a raça humana”, também Engels.

“Não há vaga para ele, o homem, no lauto banquete da natureza”, asseverava Malthus para o excedente demográfico. Guardadas as proporções, pelo que se vê, na tentativa de transformar a internet em avalanche de escritores distanciados do mínimo para tal investidura, é de se falar, não há vaga para tantos no banquete da literatura.

É preciso entender que este espaço é de congraçamento e troca de informações, não de vaidades ou pretensões, e se perde a qualidade de informar, devemos silenciar, se não há receptividade, também, e principalmente e muito, nunca informar violentando a ciência, como vi ontem em considerações do que seja “pronúncia” e suas consequências, como se opera na processualística, por quem nada entende disso, pelo explicitado, uma aberração "empolada".

É muita vaidade e pretensão, sem falar na imensa erronia. É insidioso ensinar o que não se sabe, ou mesmo referir. Escrevi em um site a pedido, onde tinha dois mil acessos em minha coluna por dia, site político que ganhou premios no Brasil como o melhor por dois anos, só existiam cinco cronistas, um psiquiatra, eu e três jornalistas, inclusive uma senhora com programa na TV, me retirei por perda de qualidade do site que “inchou” por falta de qualificação dos muitos novos que entraram. Apelaram inúmeras vezes para minha volta, recusei.

Assim vejo como Herculano, a pretensão tola de buscar glorificação nesse acanhado espaço, e pior, e até comprometedor, ensinar o que não se sabe...absurdos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/04/2011
Reeditado em 16/04/2011
Código do texto: T2912312
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