FEAAED

INTRODUÇÃO

Foi quando li “FEBEAPÁ” – Festival de Besteira que Assola o País - de Stanislaw Ponte Preta, que me veio a ideia de escrever “FEAAED” - Festival de Aberrações que Assolam a Educação.

Os fatos e casos aqui narrados, infelizmente, são todos verídicos. Só não são revelados os autores das “proezas”, pois não me proponho a ofender ninguém, somente relatar e fazer comentário sobre as tais.

Sendo eu, simplesmente um Agente Administrativo, exercendo a função de digitador na secretaria de uma escola municipal, me deparo, quase que diariamente, com verdadeiras aberrações cometidas contra nossa língua, tanto de ortografia como de gramática, ou simplesmente por falta de nexo nos textos desenvolvidos pelos profissionais da educação.

Acho que tudo isso está fortemente ligado a esses cursos universitários de dois anos, com uma aula presencial por semana, normalmente no sábado, quando muita gente está cansada da semana de trabalho, ou de ressaca da noitada de sexta-feira, não tendo a disposição e atenção necessárias ao bom aproveitamento das aulas ministradas nesses dias. Sendo assim, como é que esses profissionais, formados nesse sistema, principalmente na área de pedagogia, poderão se capacitar para o bom desempenho de sua profissão? Como resultado, temos profissionais desqualificados, quase analfabetos funcionais, que mal sabem ler, escrever e falar, transmitindo todo esse seu “conhecimento” aos alunos da rede pública, criando um ciclo vicioso muito prejudicial à educação dos nossos jovens, pois as crianças ensinadas por esses profissionais ficam com um déficit educacional muito alto, chegando a concluir o ensino fundamental sem saber ler nem escrever corretamente.

PRIMEIRO CASO

Quando me apresentei para trabalhar, em 2011, numa escola de ensino fundamental, estava acontecendo a primeira reunião de pais e mestres, e eu cheguei justamente na hora em que estavam se preparando para cantar o Hino Nacional. Foi quando a coordenadora, muito compenetrada, disse: “agora, nós vamos fazermos silêncio para cantar nosso hino”. A princípio, julguei que poderia ser por conta do nervosismo, já que ela também era novata na escola. Mas o discurso se repetiu durante todas as segundas-feiras do ano letivo, quando era cantado o Hino Nacional.

Esse tipo de confusão com a concordância verbal não chegaria a ser uma aberração se não fosse cometida por uma coordenadora pedagógica, falando para uma platéia estudantil, dentro do ambiente escolar.

V

Augusto Secundino
Enviado por Augusto Secundino em 17/04/2011
Código do texto: T2914273